Da Caatinga baiana para todo o Brasil, o umbu in natura, cultivado por agricultores familiares da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), localizada no município de Uauá, do Território Sertão do São Francisco, chegou à rede de supermercados Carrefour.
A primeira remessa de 2.300 quilos da fruta foi entregue, em janeiro, no centro de distribuição de Recife para atender nove estados da região Nordeste, onde o Carrefour possui lojas. Neste mês de fevereiro, a cooperativa se prepara para fazer uma nova entrega de três mil quilos.
De acordo com a presidente da Coopercuc, Denise Cardoso, a safra do umbu começou no início de janeiro e segue até meado de março. “A previsão de colheita para este ano é de 50 toneladas, 10 toneladas a mais que no ano passado. Com a venda do nosso produto para a rede de supermercados, a cooperativa terá um aumento de 14% na receita”.
A Coopercuc, que comercializa sua produção com a marca Gravetero para diversos municípios da Bahia, para outros estados do Brasil e até para a Alemanha, teve, em 2021, faturamento de R$1,5 milhão. Entre os produtos estão doces, geleias, compotas e cervejas.
Os produtos da Coopercuc podem ser adquiridos, em Salvador, na Rede Moinho; Quindins da Bahia; Cesol e Mercado Orgânico, do Salvador Shopping; Bolo das Meninas; Ciranda Café Cultura & Artes; Casa São Paulo; Solange Biscoitos Finos; e pelo site www.mercaf.com.br.
Por meio de projetos como o Bahia Produtiva e o Pró-Semiárido, executados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), foram destinados recursos da ordem de R$6 milhões, em infraestrutura, maquinários, equipamentos e outros investimentos voltados para o beneficiamento de frutas. Com as ações, agricultores e agricultoras familiares têm garantido a sua renda com o fruto da terra.
Ascom SDR-CAR/foto: divulgação
2 comentários
06 de Feb / 2022 às 00h26
Aí sim. Preço baixo num supermercado da elite. Hoje também vê-se nas gôndolas de supermercados locais, derivados do umbu competindo, e antes muito caros. Diferente da Fazenda Malunga, no DF, as gôndolas com produtos folhosas e derivados do leite, os mais caros. Essa rede de suoermercado no sul/sudeste/centro-oeste, seria uma fruta exótica para a elite?
07 de Feb / 2022 às 16h39
O creme do umbu é melhor do que o de cupuaçu para ser vendido com açai. Fica a dica para o pessoal do açai, oferecer também a popa de umbu, adocicada com leite em pó.