As fortes chuvas que atingem o sul da Bahia e o nordeste de Minas Gerais também atingiu a produção agropecuária das duas regiões. Com forte presença de agricultores familiares dedicados à produção de leite, mandioca, frutas, cana-de-açúcar e milho, muitas fazendas ainda encontram-se isoladas devido à destruição de pontes e estradas vicinais que ligam as comunidades rurais às cidades.
A REDEGN percorreu algumas feiras de agricultura familiar em Juazeiro e Petrolina e constatou que várias plantações foram prejudicadas.
Os municípios de Malhada e Carinhanha, no sudoeste da Bahia, registraram prejuízos na agricultura e pecuária após a cheia do Rio São Francisco, registrada no mês de janeiro. Após chuvas, o rio chegou a subir cerca de 8 metros acima do nível considerado normal.
Em Malhada, as plantações de mandioca, maracujá e milho foram totalmente perdidas. De acordo com a gestão municipal, o prejuízo é de cerca de R$ 20 milhões.
Além das perdas na agricultura, vias e imóveis ficaram alagados e 50% da população rural chegou a ficar ilhada. Os moradores usaram barcos para acessar o centro da cidade. Segundo a prefeitura, atualmente 50 famílias estão desalojadas e uma está desabrigada.
Na cidade de Carinhanha, a cheia do Velho Chico também afeta a população. Em janeiro, 16 comunidades rurais ficaram ilhadas e a cidade decretou situação de emergência, reconhecida pelo Governo Federal e Governo do Estado. Nesta quinta-feira (3), três comunidades ainda seguem ilhadas no município.
Os alagamentos também causaram danos financeiros na pecuária, atividade econômica forte na região. A população calcula que, desde o início da cheia, 280 mil litros de leite já foram perdidos.
A cidade recebeu auxílio financeiro e cestas básicas do Estado, além de outros alimentos doados por instituições.
G1 Bahia Foto Ilustrativa
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23 de May / 2022 às 07h00