A vazão da barragem de Sobradinho chegou até o momento ao maior patamar dos últimos 12 anos nesta segunda-feira (24). A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) iniciou a vazão de 4.000 m³ por segundo.
O bairro Angary, em Juazeiro, é um dos mais atingidos. O nível da água sobe bastante na orla da comunidade. A previsão é de que o nível da água suba ainda mais, porque chove na região e essa chuva deve continuar na Bacia do Rio São Francisco até meados de abril e maio, segundos os especialistas.
Em Paulo Afonso, a Chesf abriu as comportas do Complexo Hidrelétrico. O Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco faz monitoramento, junto com companhia, para monitorar essa cheia.
As áreas de segurança são de uso restrito dos profissionais da Chesf e já são sinalizadas para impedir riscos de acidente que podem ser, inclusive, fatais. Nos reservatórios, há bóias sinalizadoras. À jusante (abaixo das barragens), há placas que sinalizam o risco de morte ao adentrar em áreas onde as comportas podem ser abertas a qualquer momento.
As usinas de Paulo Afonso, na Bahia; de Luiz Gonzaga, em Pernambuco; e de Xingó, em Sergipe; estão entre as que tiveram maior reforço na fiscalização por apresentar incidência de banhistas em locais proibidos.
No último dia 20, em Paulo Afonso, a Chesf acionou forças de segurança, além de sua equipe de vigilância, para retirar grupos de pessoas que se encontravam em local sinalizado como impróprio para atividades de lazer.
“Temos que prezar pela segurança sempre. Nenhuma atividade de lazer pode ser feita em áreas próximas às hidrelétricas em nenhum momento. O risco fica dobrado agora em que estamos realizando controle de cheia no Rio São Francisco e, com a abertura das comportas, o nível das águas sobe rapidamente nas áreas sinalizadas pela Chesf e pelas prefeituras”, informou o diretor de Operação, João Henrique Franklin.
Redação redeGN Foto Ney Vital
0 comentários