Os sistemas internos da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram derrubados por um ataque cibernético há duas semanas, no dia 10 de dezembro.
Segundo informações obtidas pelo portal R7, dados de policiais com dívida ativa com a União foram deletados. Equipes de segurança do governo consideram que informações de condutores cadastrados em bancos de dados das instituições também tenham sido apagadas.
Os ataques hackers continuam sendo investigados. O principal deles, que teve como alvo o Ministério da Saúde, gerou instabilidade no aplicativo ConecteSUS e no sistema do MS. A Polícia Federal informou ao Metrópoles que as investigações estão em andamento e que não comentará sobre o caso no momento.
Em nota oficial, a PRF afirma que desde o momento que houve a identificação do incidente, este foi imediatamente bloqueado. Equipes de técnicos estão trabalhando para restaurar seus sistemas através dos back-ups, necessitando ainda de um prazo de 48h.
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e acompanhado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Dados perdidos
Os dados perdidos estariam em duas redes de servidores e também tira do ar o Sistema Eletrônico de Informações do governo federal. A suspeita é de que algum servidor que atua no governo tenha cometido o crime, o que facilitaria o acesso ao portal interno.
A situação influencia diretamente o trabalho de policiais em todo o país, principalmente aqueles que atuam na área administrativa e trabalham com o levantamento de informações para direcionar investigações e fiscalizações.
A hipótese levantada é que tenha ocorrido um ataque do tipo ransomware, em que criminosos “sequestram” arquivos e dados de equipamentos eletrônicos inteiros, como computadores e celulares. O diferencial é que esse tipo de cibercriminoso pede um pagamento para “devolver” as informações.
Metrópoles / foto: reprodução
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