Ao imaginar que estamos diante de um Vírus que se multiplica em variantes as mais diversas e desconhecidas, logo a memória nos conduz à recordação do episódio dos tempos bíblicos, ocorrido durante o Império do Faraó Ramsés II, entre 1279 e 1213 a.C., e conhecido como as “Dez Pragas do Egito”.
O fato é que o Faraó resistia aos pedidos de Moisés e Arão em libertar o povo hebreu, que ali estava escravizado, e Deus revelou ao seu líder que iria baixar pragas sucessivas sobre o Egito até que o Faraó decidisse libertar o seu povo.
Assim, em fases sequenciadas, ocorreu a “transformação da água do Rio Nilo em sangue, depois invasões de rãs, piolhos, moscas, morte do gado, chagas, chuva de pedras, nuvens de gafanhotos, trevas e morte dos primogênitos”. Após tantos sofrimentos, visto que o Faraó a cada praga prometia libertar e não cumpria a palavra, finalmente após a 10ª praga concordou em permitir a saída dos hebreus do Egito. Vale lembrar que o momento atual está parecendo com essa época remota, que o diga uma Capital no Sudeste, onde nesses últimos dias a tal gripe Influenza está fazendo casos e mais casos sucessivos, conforme as últimas notícias.
Existem aqueles que não aceitam o relato bíblico e preferem dizer que as pragas foram catástrofes ecológicas ou explosões vulcânicas na ilha de Santorini, hoje belíssima atração turística da Grécia, e que tive o prazer de conhecer alguns anos atrás. São questionamentos válidos, mas impotentes e incapazes de compreender o projeto de Deus para o seu povo, que deveria continuar a sua caminhada na direção da Terra Prometida, sob o comando de Moisés.
Não tenho a pretensão de ímpetos proféticos, mas a analogia da tragédia do passado bíblico, com a calamidade que atinge a humanidade na época atual, e que já matou mais de 5 milhões de pessoas no mundo, oculta uma leitura que ainda não foi feita pelos pesquisadores e estudiosos, uma vez que, reconhecidamente, a Pandemia se configura claramente como uma praga. Basta ver a sequência de variantes do COVID-19 desde o início, conforme a OMS: Alfa, Beta, Gama, Mu, Lambda, Delta e agora a Ômicron. Algumas se espalharam e outras ficaram restritas a alguns países ou regiões. É tão grave a situação, que os laboratórios já estudam os meios de adequar as suas vacinas a um melhor poder de combate da nova cepa. Não se surpreendam se for anunciada uma 4ª. ou 5ª. dose de reforço vacinal! Quero, aqui, fazer um lembrete de que antigamente vacina era algo tão contundente que tinha validade por larga margem de tempo.
Desconcertante é ver a resistência que persiste em algumas mentes sectárias em não admitir a vacina como alternativa para reduzir os riscos mortais do vírus, priorizando a tese do retorno à normalidade de todas as atividades econômicas, como se doentes infectados ou mortos possam trabalhar! Nada mais óbvio e lógico do que a percepção de que havendo saúde e preservação da vida, o trabalho e a economia andarão sempre de braços dados, progredindo, gerando empregos, e divisas necessárias para o País.
O que mais vem causando angústia na população é o desalento de que a cada nova cepa distancia a esperança do fim desse VÍRUS COM A CARA DE PRAGA. E choca ainda mais saber que aquele que no início viu essa praga como uma “gripezinha”, não só não amadureceu para a realidade que afeta o Brasil e o Mundo, como está contagiando a própria equipe com o mau exemplo! Vejam o absurdo que disse o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando falava sobre o rejeitado Passaporte da Vacina para os turistas: “Melhor perder a vida do que a liberdade”! Pior, ainda, é o Chefe maior vociferar essa infeliz frase sobre a ANVISA: “Quer fechar o espaço aéreo, po...”! Inacreditável!
Sinceramente, tem cada pronunciamento desses senhores, que logo faz lembrar um dos ditos populares: “a gente não sabe se ri ou se chora”. Em outras palavras, quanto mais a gente lembra as asneiras malditas, ficamos de orelha em pé com os tipos que estão sendo responsáveis pelos cuidados com a saúde do povo!
AUTOR: Adm. Agenor Santos, Pós-Graduação Lato Sensu em Controle, Monitoramento e Avaliação no Setor Público (Salvador-BA)
15 comentários
12 de Dec / 2021 às 23h28
Muito bom! Enquanto isso, a população fica à mercê da irresponsabilidade dos nossos governantes. (Rio de Janeiro-RJ).
12 de Dec / 2021 às 23h32
Na crônica de hoje você foi muito longe, aliás, foi fundo, hein...! (Salvador-BA).
12 de Dec / 2021 às 23h43
Alguns equívocos, como, por exemplo, segundo decisão do STF, quem ficou responsável pela saúde do povo foram os governadores e os prefeitos, já que o presidente da república foi afastado dessas atribuições. Fatos são apenas isso: fatos! E, segundo os cientistas, se não fossem essas imposições esdrúxulas e criminosas de quarentenas, vacinas experimentais, máscaras e a imunidade inata das pessoas teria lidado com o coronavírus (isolado em 1947) como sempre lidaram com as gripes anteriores. E ontem 60 mil cientistas assinaram e se pronunciaram contra essas aberrações já que a Pfizer (continua)
12 de Dec / 2021 às 23h44
(cont.) ...anunciou mais três vacinas, agora, contra essa nova cepa batizada de Ômicron. Ademais, uma contaminação que levou a óbito 0,014% da população mundial, não pode sob a luz da razão e do bom senso ser considerada uma pandemia. Mas, enfim, Deus a tudo vê e a tudo assiste e nada como um dia após o outro. A justiça, mais cedo ou mais tarde, será feita ao Bolsonaro que tem sido, segundo os incontáveis fatos, o melhor presidente da deplorável história da canhestra, imoral e desleal política brasileira. Como dizem os filósofos: "A inveja é uma merda!" (Brasília-DF).
12 de Dec / 2021 às 23h52
No caso de Faraó, houve um endurecimento do seu coração porque Deus tinha um propósito: "Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio deles..." Êxodo 10:1. Gostei muito do artigo, sobretudo dos últimos parágrafos. Bem incisivos. Parabéns. (SalvadorBA).
12 de Dec / 2021 às 23h55
Nossa pela primeira vez desde que começou a pandemia pude ler algo tão incrível assim, parabéns. Descreve a nossa realidade.
12 de Dec / 2021 às 23h59
Meu prezado amigo, sua explicação faz com que a Humanidade entenda de uma vez por todas, que Deus Nosso Pai Maior Criador e o Amado Mestre Jesus desejam que nossos Espíritos se transformem conforme a LEI que foi dada à Moisés no Sinai. Entretanto, ressalto que o Vírus ora mudado de nome é o mesmo. Continuará até que nós Encarnados obedeçamos aos seus Mandamentos. (Rio de Janeiro-RJ).
13 de Dec / 2021 às 00h05
Suas palavras são uma viagem profunda à história da humanidade! Gratidão por mais esse ensinamento. (Salvador-BA).
13 de Dec / 2021 às 01h20
Um Artigo da mais alta importância para um tema atual. Chama a atenção e aponta uma realidade que está aí para todo mundo ver. Que essa praga não mais demore assim desejamos e esperamos. E que a ignorância também seja vencida porque também tem sido um vírus e essa também é outra verdade.
13 de Dec / 2021 às 08h11
O que fazer com o principal mandatário que, mais uma vez, está contra a cobrança da vacina, pois "eu não me vacinei". Muitos ainda vão passar vergonha por tê-lo acompanhado. (Salvador-BA).
13 de Dec / 2021 às 08h15
As semelhanças entre a situação do Egito, àquela época, com a situação vivida no Brasil, são muito próximas: no Egito as pragas foram 10 (dez), aqui já são 8 (oito), com a H1N1, e a nona praga são os políticos; lá o "cabeça-dura" era o Ramsés II, aqui, temos os "Ranzinzas" I e II; no Egito as pragas, até a nona, não amedrontaram o Ramsés II, aqui, também na nona, não amedrontam os "Ranzinzas" I e II; no Egito, o povo trabalhava para sustentar uma elite, aqui, o povo trabalha para dar boa-vida a várias elites; no Egito, a escravidão era contundente, aqui, a escravidão é camuflada (cont.)
13 de Dec / 2021 às 08h18
cont.) ...e escorchante; no Egito, os escravos sobreviviam com rações, aqui, os salários são racionados. Portanto, acho que aqui não está tão diferente do Egito nem falta muito para ficarem iguais, ou semelhantes. Talvez, por mais que pareça exagero, a solução seria acontecer nos Três Poderes, em todo o País, como ocorreu em Sodoma e Gomorra, pra começar tudo do zero. Ou então, para ser menos radical, que fosse convocado outro Pedro Cabral para cobrir o Brasil e, depois de algum tempo, descobrir o Brasil, novamente, como menos, ou nenhuma, mazelas político-sociais. (Maceió-AL).
13 de Dec / 2021 às 08h24
Mais uma crônica escrita com propriedade. Parabéns. (Salvador-BA).
13 de Dec / 2021 às 08h29
Agenor, Continuamos em perfeita sintonia de opinião. A propósito, a frase dita pelo Queiroga, reflete o espírito que prevalece nesse governo, calhorda por excelência. (Salvador-BA).
13 de Dec / 2021 às 08h55
Agenor, bom dia! O artigo nos traz elementos que conhecemos através da história do passado, da mesma forma que permite reflexões do desconhecido que poderemos ter daqui para a frente.