Durante um evento nesta quinta-feira (21) na Paraíba, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que “ninguém está furando o teto” de gastos.
“Temos aproximadamente 16 milhões de pessoas do Bolsa Família. O tíquete médio do Bolsa Família é de cerca de R$ 192. Se o médio é R$ 192, tem muita gente ganhando R$ 40,50. Nós decidimos passar todos para, no mínimo, R$ 400. Isso tudo com responsabilidade. Ninguém está furando o teto não.”
A fala acontece após o anúncio do Auxílio Brasil de R$ 400 para 17 milhões de famílias, confirmando pelo ministro da Cidadania, João Roma. Ainda não está claro, porém, de onde virá o dinheiro para bancar esse benefício.
Guedes disse que pensa em duas alternativas: a primeira é um “puxadinho” de R$ 30 bilhões no teto, regra constitucional que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior. A lei foi criada em 2016, num momento em que os gastos do governo federal ficavam 6% acima do índice oficial de preços.
A segunda é uma sincronização dos índices de inflação que corrige o limite do teto e as despesas do governo, que abriria espaço de R$ 45 bilhões. Mas o ministro não detalhou como isso seria possível.
Com essas incertezas, o mercado financeiro começou esta quinta-feira reagindo à ameaça de fim do teto de gastos e ao consequente avanço do risco de se investir no Brasil.
Pouco depois das 13h30, o Ibovespa operava em queda de 2,67%, aos 107.954 pontos. Já o dólar spot subia 0,97%, cotado a R$ 5,6509, após chegar aos R$ 5,6753 mais cedo.
CNN / foto: Alan Santos/PR
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