O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a CPI da Covid nesta quarta-feira (20), em resposta ao relatório final da comissão.
"Como seria bom se aquela CPI tivesse fazendo algo de produtivo para nosso Brasil. Tomaram tempo de nosso ministro da Saúde, de servidores, de pessoas humildes e de empresários."
"Nada produziram, a não ser o ódio e o rancor entre alguns de nós. Mas sabemos que não temos culpa de absolumente nada, fizemos a coisa certa desde o primeiro momento", disse o presidente.
O texto do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), aponta Bolsonaro como um dos principais responsáveis pelo agravamento da pandemia e sugere que o presidente seja responsabilizado e investigado por nove crimes.
Na lista, há crimes comuns, previstos no Código Penal; crimes de responsabilidade, previstos na Lei de Impeachment, e crimes contra a humanidade, previsto pelo Estatuto de Roma.
A fala de Bolsonaro ocorreu enquanto Renan lia o parecer da comissão de inquérito que será votado pelos senadores na semana que vem.
Bolsonaro criticou a CPI durante evento em Russas, no Ceará, a 180 km da capital, Fortaleza. O presidente disse que a comissão "nada fez" de produtivo e que o colegiado gerou "ódio e rancor". Ele ainda se eximiu de culpa.
Enquanto Bolsonaro falava, apoiadores presentes ao evento proferiam xingamentos a Renan, algoz do governo na comissão. "A voz do povo é a voz de Deus", disse Bolsonaro depois de aguardar que as centenas de pessoas cessassem as críticas ao relator da comissão.
No evento, o presidente voltou a defender o tratamento precoce, comprovadamente ineficaz contra a Covid. "Defendi que os médicos brasileiros tivessem autonomia para receitar os remédios, uma decisão que pode ter salvado a vida de muitas pessoas", disse Bolsonaro.
As falas de Bolsonaro foram durante o evento que lançou um edital de trecho da transposição do rio São Francisco.
Bolsonaro chegou a Russas de helicóptero. O avião que o levou de Brasília pousou em Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, próximo à divisa com o Ceará.
Em Russas, o presidente cumprimentou apoiadores nas ruas até chegar ao local do evento.
Sem usar máscara de proteção contra a Covid, o presidente estava acompanhado no palco do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, e de deputados federais e estaduais aliados.
Folhapress / foto: José Cruz/Agência Brasil
2 comentários
21 de Oct / 2021 às 07h56
Os culpados são os genitores que lhe colocaram no mundo.
21 de Oct / 2021 às 08h33
claro q tem, ele foi na china e soltou o virus do laboratorio.