O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e da Bahia, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma) e a 1ª Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma/PMPE) apresentaram, ontem quinta-feira (30), o resultado da Operação Mata Atlântica em Pé 2021 em Pernambuco.
A Operação, em sua quarta edição nacional, é uma ação nacional com a participação de 17 estados brasileiros que integram o bioma Mata Atlântica.
A coordenação nacional é do Ministério Público do Paraná, em articulação com os Ministérios Públicos dos demais estados, entre eles o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Ministério Público da Bahia. As atividades de fiscalização da Operação iniciaram em 20 de setembro e encerraram ontem quinta-feira (30), com a apresentação dos resultados alcançados tanto no âmbito local como nacionalmente.
Em Pernambuco, foram vistoriados e fiscalizados 19 alvos, abrangendo a área de 101,13 hectares, sendo 38,74 hectares de área em regeneração. O montante das multas aplicadas aos infratores foi de R$ 72.955,00 e apreensões de quatro caminhões e uma (1) motosserra.
Na Bahia cerca de 120 hectares, de 21 imóveis rurais, foram vistoriados. Foram lavrados autos de interdição para as propriedades que tiveram seus proprietários identificados e aplicadas multas que ultrapassam o valor de R$ 300 mil.
A fiscalização foi realizada pelo Ministério Público estadual, Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e pela Companhia Independente de Polícia Proteção Ambiental (CIPPA).
Foram identificadas seis tipos de infrações: desmatamento sem autorização, transporte irregular de lenha, estoque irregular de lenha, danos em unidade de conservação, impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas, demais formas de vegetação, além de motosserra sem licença ou registro.
Para a execução das ações de campo, foram usadas diversas ferramentas, dentre elas o sensoriamento remoto, para o planejamento e escolha dos alvos. “O sensoriamento remoto consiste na disponibilidade de imagem de satélite, alertas de desmatamento através da parceria da CPRH com o Mapbiomas, que previamente contribui para identificar os possíveis focos de atuação”, pontuou a engenheira florestal da CPRH, Elba Borges.
O bioma da Mata Atlântica é um dos sistemas mais explorados e devastados pela ocupação humana, por isso a importância de chamar a atenção sobre a preservação, bem como convocar a todos na proteção do que ainda resta do bioma.
Canais de denúncia em Pernambuco – MPPE (https://ouvidoria.mppe.mp.br/#/formulario), além Whatsapp (81) 99679.0221; CPRH ([email protected]); Cipoma (181 da SDS, das 8h às 18h); Depoma (81) 3184.7119 e Ibama (0800 61 8080).
Dados nacionais (parciais ainda) - 649 polígonos, 8.189 hectares de desmatamento confirmados e R$ 55.531.184,19 de multas lavradas. Os dados foram apresentados por meio de uma live nacional.
DESMATAMENTO: Conforme informações divulgadas em maio deste ano no Atlas da Mata Atlântica, o bioma sofreu redução de 13.053 hectares (130 quilômetros quadrados) entre 2019 e 2020 no Brasil. Os três estados que mais desmataram a floresta no período foram: Minas Gerais (de 4.972 para 4.701 hectares), Bahia (de 3.532 para 3.230 hectares) e Paraná (de 2.767 para 2.151 hectares).
Junto de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul, respectivamente o quarto e o quinto da lista, eles acumulam 91% da perda de vegetação da Mata Atlântica entre 2019 e 2020. Além destes, integram o bioma da Mata Atlântica no Brasil os estados de Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe.
Redação redeGN com informações MPBA e MPPE
0 comentários