O governo de Minas, por meio do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) — órgão responsável por monitora a quantidade e a qualidade das águas e dos rios no estado — admitiu, pela primeira vez neste ano, em meio à crise hídrica, racionamento de água no estado. A informação é do diretor-geral do órgão, Marcelo da Fonseca e é válida para a região de São Pedro do Suaçuí.
Nos últimos dias, o Igam prorrogou até 15 de outubro declaração de situação crítica de escassez hídrica na estação de São Pedro do Suaçuí, no Vale do Rio Doce. "Na prática, todos os usuários de água nesta região deverão adotar medidas para redução do uso da água, conforme os parâmetros de cada uma das finalidades", explica.
"Deve haver redução de 20% do volume diário capitado no caso de água usada para consumo humano, 25% para aquela água utilizada na irrigação, 30% para água destinada ao consumo industrial e 50% do volume para demais finalidades", prossegue o diretor.
Ainda de acordo com ele, "o racionamento, da população, dos municípios, dependerá da forma como as concessionárias vão fazer essa gestão. Na prática há uma redução. Por exemplo, para os usos de irrigação, industria, já é um racionamento porque eles não podem fazer uso deste volume total de água. Para o cidadão dependerá da gestão das concessionárias. Na prática, há redução da disponibilidade nesse percentual a ser fornecido para os usuários", admite.
Conforme Marcelo, em algumas regiões, como a de Furnas, a situação é pior. "Na região do Rio Paraná, onde estão localizadas as usinas de Furnas, Mascarenhas de Morais e Nova Ponte, temos uma situação em que os reservatórios têm volume acumulado bem abaixo da média dos últimos anos. Isso, sim, tem gerado a crise hídrica energética do estado", afirma.
"Os dados do Igam indicam que todas as estações monitoradas no estado apresentam volume de água baixo do esperado para a época do ano. Isso é reflexo de um período chuvoso onde houve anomalia de precipitações", conclui.
Jornal Estado de Minas
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