A segunda aplicação da vacina de Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus foi suspensa em diversas cidades no Brasil em razão da falta do imunizante na semana passada. São Paulo, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rondônia, Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul tiveram que suspender a vacinação da segunda dose em alguns postos. A ausência de doses prejudica a progressão da campanha vacinal e atrasa a imunização da população.
O Brasil registrou 215 óbitos causados pela covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados ontem.
Com os registros, o país acumula 587.066 vidas perdidas para a doença. O levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 estados e do Distrito Federal, apontou, ainda 6.645 novos casos em 24 horas. Com isso, o Brasil superou 21 milhões de pessoas infectadas, com um total de 21.006.424 de registros desde o início da pandemia. Os dados do Ceará e do Rio de Janeiro não foram computados por problemas técnicos.
A média móvel de casos no Brasil voltou a cair, chegando a 15.571 nos últimos sete dias. Esse é o menor patamar desde o mês de maio de 2020, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgado no domingo. A regressão na quantidade de casos é consequência, em grande parte, do bom ritmo de vacinação que parte das unidades da Federação alcançou nos últimos meses.
Para o infectologista José David Urbaez, do Exame Imagem e Laboratório, porém, o número não representa segurança e não deve ser comemorado. “De forma alguma nós podemos falar de pandemia sob controle”. Ele comenta que, infelizmente, o país acostumou-se com números elevados de transmissões e mortes. “Como no primeiro semestre de 2021, nós chegamos a picos enormes, de cem mil casos por dia e quase quatro mil mortos, quando enxergamos uma situação de 500 ou 600 óbitos por dia, temos uma falsa sensação de um problema que está totalmente controlado”, pontua.
E continua: “Problema controlado não é isso, o problema só será controlado quando tivermos dias sem aparecimento de óbitos, para que assim tenhamos uma queda significativa de casos — muito abaixo disso que nós estamos vendo atualmente”.
Correio Braziliense Foto Ney Vital
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