Cauan Barros é jogador da equipe sub-20 do Vasco da Gama, Rio de Janeiro. No Brasil são milhares de jovens que buscam a oportunidade de ser profissional nos campos de futebol. Neste caso a história ganha uma maior repercussão pelo fato de Cauan ser Indígena da etnia dos Pankararus.
Este mês o jovem virou atração em sua tribo após assinar o primeiro contrato profissional com o clube carioca e gerou uma verdadeira revolução nos costumes de assistir futebol entre os familiares e amigos.
"O meu pai começou a chorar. Ligou para a minha mãe, que estava no mercado com as irmãs. Quando soube da notícia começou a gritar e chorar. Acho que a ficha ainda não caiu para a minha família. Minha mãe mesmo já falou."
São cerca de 7 mil Pankararus cadastrados no Governo Federal. Muitos ainda vivem no local de origem. "Eu assistindo ao jogo com minha família fui às lagrimas. Todo mundo falando que eu podia chorar. Porque era meu filho que estava fazendo gol", lembrou seu Clecio Monteiro, pai emocionado.
Clecio foi o grande incentivador para que o filho chegasse a um grande clube. Cauan chamou atenção do Vasco aos 15 anos, quando já atuava pelo Primavera do interior de São Paulo. Desde então em São Januário, ele, hoje com 17, já é uma promessa e o grande orgulho da família.
"Por ele ter aberto mão da infância, adolescência, por querer vencer, realizar um sonho de querer dar uma vida melhor não só para ele, mas para toda família. Isso é muito emocionante".
O futebol que fez o filho sonhar e partir da aldeia, agora vai uni-lo aos pais novamente. Barros, que mora no alojamento de São Januário, em breve estará ao lado de Clecio, Luciana (mãe) e Cauana (irmão) - que estão de mudança para o Rio de Janeiro.
A família de Cauan mora em Tacuruba, Sertão de Pernambuco, nas margens do Rio São Francisco. O Povo Pankararu esta localizado as proximidades do médio rio São Francisco, nos limites dos municípios de Jatobá, Tacaratu e Petrolândia, Pernambuco.
O meia Cauan Barros, de 17 anos, assinou seu primeiro contrato profissional com o Vasco da Gama, no início deste mês, e foi o assunto mais comentado na tribo indígena Pankararu.
O jogador e a tribo foram temas em destaque nacional na imprensa. Tendo laços estreitos com sua tribo, Cauan sempre passa as férias com os Pankararus. Na pandemia, ele acabou ficando todo período em que as competições de base ficaram suspensas ao lado do seu povo.
Redação redeGN Foto Redes Sociais
0 comentários