A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2021, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (31).
De acordo com os dados, houve uma redução de 0,6% ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano (14,7%). Na comparação com o mesmo período de 2020, de abril a junho, houve uma alta de 0,8 ponto percentual (13,3%) e, apesar da diminuição da taxa em relação aos primeiros meses de 2021, o Brasil ainda soma um total de 14,4 milhões de pessoas desempregadas.
Com o mercado de trabalho tentando buscar uma recuperação diante da crise causada pela covid-19, o resultado da pesquisa mostrou-se melhor do que as expectativas: a taxa de desemprego era esperada em 14,1% a 14,6% para o período analisado. O avanço identificado é um reflexo direto do aumento de pessoas ocupadas (87,8 milhões), que subiu 1,2 ponto percentual.
“O mercado de trabalho vem tentando se reestruturar com solidez com a gradual retomada das atividades econômicas”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup especializada em controle de ponto online. “Já identificamos várias empresas que haviam interrompido suas operações em 2020 e voltaram a contratar nosso sistema de ponto eletrônico e, além disso, novas organizações estão em busca de um sistema para potencializar a gestão de novos funcionários”, diz o executivo.
Apesar do aumento nos números da população ocupada, a pesquisa ainda indicou que menos da metade da população economicamente ativa (PEA) do país está realmente ocupada e o rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 2.515, o que representa uma queda de 6,6% na comparação atual.
“Ter esperança é essencial para a recuperação plena da atividade econômica e acredito que seja questão de tempo”, complementa Thomas, “Com o avanço da vacinação nos Estados, a tendência é que os postos de trabalho sejam criados preenchidos novamente com trabalhadores aptos e prontos para assumir novos desafios”.
Ascom IBGE / foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas
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