A fim de cobrir os custos das usinas termelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discutiu com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) uma proposta de reajuste da bandeira vermelha patamar 2. Atualmente, a tarifa, que está em vigor desde junho, está com acréscimo de R$ 9,49 a cada kWh na conta mensal. A agência deverá divulgar o novo valor nesta terça-feira (31/8).
Com a crise hídrica que baixou os níveis de água das hidrelétricas, a alternativa foi reativar as termelétricas de forma emergencial. No entanto, segundo a agência, as usinas são mais caras e custarão cerca de R$ 9 bilhões aos consumidores.
Segundo Hugo Lott, especialista em energia da GRID Energia, o aumento do kWh é uma forma de antecipar os custos que serão cobrados no futuro. “Se o governo não aumentar o valor da bandeira agora, o consumidor irá pagar nos próximos anos com o reajuste da distribuidora, com juros maiores”, alerta.
Confira as bandeiras tarifárias e valores extras em vigor desde 2015:
Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03971 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Bandeira vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Jornal Estado de Minas Foto Ilustrativa
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