O senso de ridículo, acompanhado dos seus parceiros, conhecidos pela alcunha de 'Seu Insignificante', 'Ignorante Mor' e 'Dona Anta', está assombrosamente ocupando espaços que antes eram dominados pelas senhoras 'sensatez', 'empatia' e 'harmonia', tornando assim habitual a tal da futilidade e da banalidade.
Valores estão propositadamente tendo seus reais significados deturpados, enquanto as inversões seguem a todo vapor e sem pudores, exalando nos quatro cantos tupiniquins os odores do ódio, do rancor e da violência exacerbados.
Metonímias têm destruído a moralidade, enfraquecendo os princípios e normas de comportamentos, prejudicando incessantemente a relação social dos indivíduos, estes, muitas vezes passando de vítimas para corresponsáveis, numa espécie de envenenamento coletivo da relação humana.
Nem mesmo o atual momento - em que a humanidade enfrenta uma pandemia responsável pela eliminação de quase cinco milhões de pessoas, além de ter deixado sérias sequelas em outras milhões que foram infectadas - tem sido suficiente para despertar a compaixão e o amor ao próximo.
Os bons exemplos se sucumbem diante da enorme quantidade dos maus, estes alimentados por elementos que têm se demonstrado cada vez piores. Contrariando o cantor e compositor baiano Gilberto Gil, infelizmente a 'fé tem falhado' na mesma proporção das outras duas virtudes teologais: a esperança e amor.
Mas, como o bom sertanejo descrito no livro 'Os Sertões' de Euclides da Cunha, aquele que prega o bem, simbolizado pela pureza do sertanejo, é, antes de tudo, um forte. Embora não demonstre da forma que muitos gostariam, tem como estilo de vida a propagação da generosidade, da piedade, da esperança e da resiliência.
Até onde tudo isso vai, "quem souber morre", como preconiza o ditado popular.
*Gervasio Lima-Jornalista e Historiador
Espaço Leitor
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