O termo "quando um não quer dois não brigam" é um ditado popular bastante utilizado para mostrar que uma briga depende da ação de pelo menos duas pessoas. Uma discussão, por exemplo, só ocorre se houver disposição dos dois lados e caso um deles decida não participar dificilmente o debate seguirá em frente.
No momento em que a intolerância tem alcançado níveis alarmantes, com ataques comumente às opções individuais e violações constantes de leis que protegem o cidadão, é mais que propícia a aplicabilidade desta sugestão da sabedoria popular. Ultimamente muitas pessoas estão sendo invocadas em favor de discursos de ódio por estímulos provocados a partir de argumentos irreais e carregados de maldades.
Percebe-se, em muitos casos, que as prerrogativas de enxergar, falar, ouvir e até mesmo pensar de determinado sujeito estão sendo transferidas para aquilo que se acredita ser a verdade absoluta.
Comportamentos irracionais não são mais exceções e, assim como muitos animais, a disputa por espaço tem fugido do campo da capacidade racional, dando lugar às mais bizarras atitudes. O contraditório tem superado a coerência e a sensatez, abrindo caminhos para a estupidez.
É preciso trabalhar a capacidade de aprender a respeitar calçado com o 'chinelo da humildade' e se identificar com o sentimento da empatia e da solidariedade, olhando para o semelhante como gostaria de ser olhado. A recíproca deve ser sempre verdadeira desde quando o objeto da ação não seja de animosidade.
Ao viver sabendo usar o coração, controlando o que sai da boca e o que entra no ouvido, aproveitando a pureza do ar que rodeia o ambiente onde se encontra e positivando os pensamentos, entende-se o significado da longevidade.
As atitudes servem como forma de reconhecimento. De acordo com o comportamento é possível identificar as intenções e o modo como certos indivíduos vivem e veem o mundo. Felicidade é um estado de espírito constante, construído por atitudes, portanto abuse das atitudes positivas, criando condições para que o bem permeie até mesmo os caminhos não virtuosos.
Por Gervásio Lima
Jornalista e historiador
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