A Embrapa Semiárido, em parceria com o Grupo Fundação Esquel Brasil e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), realiza nesta quinta-feira (17/06) uma live em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Desertificação.
A transmissão abordará as dificuldades, avanços e desafios do combate à desertificação no Brasil, e será realizada a partir das 9h, no canal da Embrapa no youtube (www.youtube.com/embrapa). O evento on-line terá um formato de mesa-redonda, e contará com a participação de diversos pesquisadores e estudiosos do tema no Brasil e no exterior.
Entre os assuntos que serão tratados estão os aspectos históricos da criação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação em Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação (UNCCD).Também será discutida a atuação das esferas políticas federais e estaduais sobre o tema, bem como as dificuldades para se estabelecer uma organização nacional de combate à desertificação no Semiárido nordestino.
Outro ponto que será tratado envolve os avanços técnicos-científicos para o enfrentamento dos processos de desertificação, com apresentação de experiências de sucesso no combate ao problema no Brasil.
Para o pesquisador Iêdo Bezerra Sá, da Embrapa Semiárido, "conciliar o desenvolvimento econômico com o respeito ao meio ambiente somente é possível com tecnologia e informação. Para isso, são necessárias políticas públicas que incentivem a adoção de tecnologias que minimizem o avanço dos processos de desertificação no país".
Dia de Combate à Desertificação: A data foi estabelecida pela Assembleia Geral da ONU, em 1994, como uma forma de conscientização sobre os impactos do processo de desertificação no mundo. De acordo com a UNCCD, desertificação é um processo de degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e a atividade humana.
No Brasil, a ocorrência de secas severas e recorrentes, bem como o processo de desertificação, é mais evidente na região semiárida, que atualmente engloba 1.262 municípios, ocupa 12% do território nacional e possui precipitação pluviométrica anual inferior a 800 mm. O bioma principal dessa região é a Caatinga, que passa pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, com mais de 27 milhões de habitantes.
Nos últimos anos, o desmatamento da Caatinga atingiu uma área equivalente ao tamanho de Portugal, a ponto de, hoje, estar com quase 50% do seu território afetado por processos acentuados e severos de desertificação.
Ascom Embrapa
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