Está lá no evangelho de Paulo a frase acima. Aliás, a Terra geme e pede socorro desde a chegada do homem e seu protagonismo, pois onde passa destrói por sua ganância e vaidade.
No próximo mês teremos a semana dedicada ao Meio Ambiente, cujo dia, criado pela ONU para nos alertar sobre a importância da preservação, é 5 de junho.
A pergunta que não cala é: o que fazemos para garantir a sustentabilidade e preservação de nossa Casa Maior?
Previsões científicas apontam para catástrofes e cataclismos, bem como falta de água potável. Só no Brasil, por exemplo, 100 milhões de pessoas não têm acesso a saneamento básico e água potável, enquanto a perda por vazamentos, roubos chega a 40%, conforme o Instituto Trata Brasil. Pra se ter ideia, de cada 100 litros de água tratada, perdem-se 38%, um prejuízo de 12 bilhões anuais. Ainda salienta que, se a perda baixar de 38% para 20%, dará pra abastecer todas as favelas brasileiras por 2 anos.
A falta de saneamento gera doenças várias, as quais disputam os leitos dos hospitais com a Covid-19, que assola o mundo neste momento. Agora que precisamos de mais água para a higiene e combate ao vírus, ela falta nas torneiras, por descuido das operadoras e comportamento perdulário da população.
Urge nos conscientizarmos da necessidade premente em cuidar dos recursos naturais, visto serem finitos. James Lovelock, grande cientista inglês diz que a Terra suportaria 2 bilhões de pessoas. Hoje somos mais de 6 bilhões de seres consumistas, que visam apenas lucros e dividendos, e para consegui-los não se importam em destruir. Não esqueçamos que não temos um plano B, ou outra Terra, se dizimarmos essa. A civilização veio num processo de 4000 anos e em 200 anos, desde o começo da industrialização, conseguimos devastar por 3800 anos.”
Aproveitemos a reclusão deste terrível tempo de pandemia para refletirmos sobre os males que causamos ao planeta, de onde tiramos nossa vida. Bastou um pequeno período de confinamento, o céu ficou mais azul, pássaros diferentes adentraram as cidades, animais transitaram tranquilamente por ruas do mundo inteiro e o ar ficou mais respirável.
Para concluir, remeto-me ao famoso ditado de um sábio chefe indígena, que em 1856 alertou “tudo o que acontecer à Terra recairá sobre os filhos da Terra.
Vanilda Souza Marques Jornalista e ambientalista
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