Parentes, amigos, e admiradores se reuniram na última sexta-feira, 21, na Fundação João Fernandes da Cunha (JFC) para comemorar os 100 anos de nascimento de seu instituidor.
A data destaca também os 29 anos de criação da instituição presente na capital baiana com o intuito de evidenciar e fortalecer a educação e a cultura. O evento foi marcado por homenagens, cerimônia eucarística e música.
Presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Marco Eugênio Galrão Leite de Almeida, e concelebrada pelo capelão da Comunidade do Divino Espírito Santo do Instituto Feminino da Bahia, padre João Batista Defferrari Arrojo, a Missa de Ação de Graças deu início a programação festiva.
Durante a celebração, o bispo relembrou a trajetória do homenageado e proferiu palavras acolhedoras: “Saudade é a maneira de viver o amor na ausência porque a morte traz uma dor que é incapaz de curar, mas o amor deixa lembranças que nada vai ser capaz de apagar. E são essas lembranças vivendo em nossos corações que farão com que a gente tenha presente vivendo conosco aqueles que tanto amamos”. Com o Hino de Nossa Senhora das Grotas, a padroeira de Juazeiro, a qual o professor era devoto, foi finalizada a missa dando sequência às homenagens.
Com o objetivo de compartilhar a história do centenário, Zenaide Sento Sé Fernandes da Cunha Almeida, quarta filha do casal Waldméa e João Fernandes da Cunha, contou sobre a vida de lutas e muitas conquistas de seu pai, nascido em 1921, na Fazenda Tapera, no Vale do Rio Salitre, no Município de Juazeiro: “Muito precocemente, a criança João deu sinais de muita inteligência, memória privilegiada e gosto por aprender coisas novas”. Orgulhosa de seu pai, disse também: “Era João um jovem idealista, determinado, destemido e sonhador”.
O médico Silvoney Sales, que é genro do homenageado e presidente da Fundação JFC, falou da grandiosidade do legado deixado e tomado pela emoção ressaltou: “Eu não sou filho, mas me considero e fico emocionado com essa linda homenagem. Espero que ele esteja vendo tudo isso”. Já o engenheiro civil Rogério Vargens, membro da Academia Baiana de Educação e ex-reitor da UFBA estava impressionado com os relatos: “Eu sabia de todas as realizações de João Fernandes, mas não sabia que era tanto. A grande latitude do que foi o bem que João Fernandes fez”, pontuou.
Antes do encerramento, a psicóloga Lourdinha Cardoso, que foi facilitadora em um dos cursos da Fundação pediu licença para também compartilhar a alegria: “Nós fomos escolhidos para estar aqui há 100 anos. Que coisa bela! Nos glorifica diante de uma biografia dessa. Quando ele nasceu, nós entramos no projeto de Deus para estar aqui hoje, privilegiadíssimos”.
Entre uma história e outra, os convidados se emocionaram, aplaudiram e também cantaram junto com o tenor Carlos Lima e concerto, além do coro musical da Fundação JFC. Músicas como Luar do sertão (João Pernambuco/Catulo da Paixão Cearense), Sertaneja (Orlando Silva), Normalista (Benedito Lacerda/David Nasser), Índia (Manuel Ortiz Guerrero / Jose Fortuna / José Asunción Flor), Ave Maria (Bach/Gounod) e Amigos para sempre (Andrew Lloyd Weber), dentre outras, fizeram parte do repertório do centenário.
Em consequência da pandemia da Covid-19, a participação do público foi limitada a 50 pessoas e todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para preservar a saúde e o bem-estar foram seguidas como uso de máscara, álcool gel e distanciamento. Toda a programação foi transmitida pelo Instagram da Fundação JFC.
Site Fundação João Fernandes da Cunha
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