A irmã Annette Dumoulin, da Congregação de Nossa Senhora (Cônegas de Santo Agostinho) de Juazeiro do Norte, morreu na noite de ontem sexta-feira, 21, aos 85 anos. Ela estava hospitalizada desde o último dia 9, com quadro clínico de desconforto no pâncreas e fígado.
Conhecida como “a madrinha dos romeiros”, a religiosa de origem belga chegou ao Brasil na década de 1970 para estudar e pesquisar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na periferia do Recife. Na convivência na cidade pernambucana, ela descobriu a história de Cícero Romão Batista, o Padre Cícero, a quem virou afilhada e devota. Annette se mudou para o Cariri cearense e contribuiu para as atividades religiosas desempenhadas na região.
"Defender o Padre Cícero e acolher os romeiros”, era o seu lema. Professora, doutora em Ciências da Educação, especialista em Ciências da Religião vai deixar um vazio para os romeiros do Juazeiro do Ceará.
“A memória de Irmã Annette permanecerá no coração da Igreja de Crato e da nação romeira. Choremos a sua partida, mas sem nos esquecer de que “A vida não é tirada, mas transformada” (Prefácio dos Fiéis Defuntos). Junto ao padrinho e à Mãe das Dores, há de interceder e olhar por nós”, declarou em nota o bispo diocesano de Crato, Dom Gilberto Pastana de Oliveira.
Leia a íntegra da nota divulgada pela Diocese do Crato:
A Diocese de Crato está consternada com a dolorosa notícia da partida de Irmã Annette Dumoulin, que nos chegou na noite desta sexta, 21 de maio. Ela faria 86 anos no próximo dia 14 de julho.
Unidos à Basílica Santuário de Nossa Senhora das Dores e à nação romeira, de quem Irmã Annette fez-se madrinha, elevamos a Deus orações de sufrágio ao mesmo tempo em que agradecemos o seu apostolado nas terras caririenses, ajudando-nos a moldar o rosto romeiro e missionário desta Igreja Particular.
Sua dedicação à vida acadêmica estimulou-a a atracar no Brasil, em 1973, para estudar e pesquisar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na periferia do Recife (PE). Na convivência, descobriu a figura do Padre Cícero Romão e as romarias de Juazeiro do Norte. Chegou como estudiosa e pesquisadora, junto à irmã de Congregação Ana Teresa, fazendo-se depois afilhada e devota do padrinho.
Após combater o bom combate, essa religiosa belga, de alma sertaneja, ingressa à pátria celeste para desfrutar dos bens reservados àqueles que na vida souberam amar a Cristo e aos irmãos, salmodiando com os anjos: “Eu deixei pai e deixei mãe, deixei todos os meus irmãos e cheguei no Juazeiro para servir ao romeiro”.
A memória de Irmã Annette permanecerá no coração da Igreja de Crato e da nação romeira. Choremos a sua partida, mas sem nos esquecer de que “A vida não é tirada, mas transformada” (Prefácio dos Fiéis Defuntos). Junto ao padrinho e à Mãe das Dores, há de interceder e olhar por nós.
À Congregação de Nossa Senhora (Cônegas de Santo Agostinho) manifestamos a nossa proximidade, agradecendo igualmente todo cuidado dispensado à Irmã Annette nos últimos dias de sua vida terrena e por nos manter atualizados de seu estado de saúde.
Em Cristo, que Ressuscitou e subiu ao Céu,
Dom Gilberto Pastana de Oliveira
Diocese Crato
0 comentários