O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou à CNN que a disposição do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de agora responder a tudo que não o incrimine garante novas revelações à CPI. "A semana promete ainda mais que as anteriores", se referiu ao depoimento marcado para esta quarta-feira (19).
À CNN, o advogado de Pazuello, Zozer Hardmann, confirmou neste sábado que Pazuello irá responder a todas as perguntas da comissão. De um lado, apoiadores de Pazuello acreditam que a decisão do ministro Ricardo Lewandoski, do STF, que o autoriza a ficar calado, se quiser, assegura ao ex-ministro que ele não será preso, caso se esquive de algum questionamento.
No entanto, para o outro lado, que aguarda data e hora de ouvir o ex-ministro, não responder não alivia as coisas para Pazuello porque atestaria que há culpa no cartório.
"Pacificou a obrigatoriedade da resposta sobre qualquer pergunta que não o incrimine. Na prática, fortalece a investigação, já que não pretendíamos fazer perguntas para autoincriminá-lo", avalia Calheiros.
Para o governista Marcos Rogério (DEM-RO), o ex-ministro Pazuello terá a oportunidade de se explicar.
"Acho que o ex-ministro deve ir lá e responder a todas as perguntas. Como qualquer outra pessoa, ele também pode ter cometido erros. Ao mesmo tempo, compreendo porque ele buscou a justiça. O clima é de ameaça na CPI, em que o relator parece que já está com o relatório pronto para incriminá-lo. Se concluir diferente, é que será uma surpresa", afirmou à CNN.
Procurado, o ex-ministro Eduardo Pazuello não respondeu.
Fonte: CNN Brasil
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