Em meados de março de 2020 eram identificados os primeiros casos da Covid-19 no Brasil. Uma doença já classificada pela OMS como pandemia devido a sua disseminação geográfica rápida em uma escala curta de tempo e de relevância internacional. E lá se foram mais de um ano que nossas vidas mudaram. Nossa rotina, nossos planos, nossos hábitos, nossa economia, nossa educação, nossos empregos e porque não dizer nossos sonhos.
De repente ficamos reféns de um cientificamente classificado como um ser não vivo, por não ter nenhuma atividade metabólica, biosintética, nutricional,energética fora de uma célula hospedeira. Extremamente minúsculo onde a microscopia óptica convencional não consegue visualizar apenas a microscopia eletrônica de varredura. Mas de um alto poder de transmissibilidade, letalidade e domínio.
Tivemos uma corrida contra o tempo da comunidade científica para encontrar uma vacina eficaz e segura. Enquanto o coronavirus ampliava e ganhava todos os continentes com uma velocidade exponencial. Aconteceu uma luz no fim do túnel, a vacina que assegura nos proteger contra a forma moderada e grave. Então será possível flexibilizar as medidas sanitárias por conta do advento da vacina? Jamais. Os cuidados com o novo coronavírus Sars-Cov-2 não devem ser negligenciados mesmo por quem já completou o ciclo de imunização. O vírus ainda circula em vários ambientes principalmente os mais propícios. A grande parte da população não é imune. Demandará um tempo para que toda população ou parte dela se imunize. É de total responsabilidade nossa que as medidas sanitárias sejam mantidas e respeitadas.
Os hábitos obrigatórios de higienização periodicamente nos estabelecimentos de grande circulação de pessoas como supermecados, mercados públicos, terminais de transportes coletivos, shoppings devem intensificar as ações e serem alvos de fiscalização do poder público. As máscaras caseiras ou cirúrgicas devem ser utilizadas obrigatoriamente e corretamente para efetivamente funcionar como uma barreira sanitária contra o coronavírus, bem como a adoção de etiqueta respiratória.
A higienização das mãos com água e sabão deve ser executada sempre que oportunamente se fizer necessário. O uso do álcool em gel ou líquido a 70% também devem ser inseridos na rotina diária.
O Brasil ultrapassou Estados Unidos, México e Peru nas últimas semanas com mais números de óbitos no continente americano. Estamos vivenciando uma guerra em que o inimigo não usa arma de fogo, mas fere, mata, destrói famílias, desestabiliza a economia, vulnerabiliza ainda mais os grupos desprovidos de acesso igualitário. A colaboração da sociedade no enfrentamento à Covid-19 é determinante para diminuição dos casos. Faz-se necessário o entendimento simples, lógico e coerente para que haja o retorno à normalidade. Depende muito de nossa consciência e amor ao próximo e a si mesmo.
Liziê Franco-Sanitarista
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