O número de casos de Covid-19 voltou a subir no estado de São Paulo, gerando tensão em técnicos ligados à área da saúde sobre a possibilidade de São Paulo já estar entrando em uma terceira onda de casos da doença.
Eles passaram de uma média diária de 12.573 novos casos para 12.887 na semana passada -um crescimento de 2,5% que ainda não era esperado.
Já as internações, que estavam baixando de forma constante e chegaram a apresentar uma queda de 25%, estacionaram.
Na penúltima semana de abril, a média diária de novas internações foi de 2.243 pessoas. Na semana seguinte, ela ficou em 2.239, numa queda de apenas 0,2%. Ou seja, a curva parou de cair.
A situação acendeu a luz amarela no governo: a alta de casos sempre resulta em aumento de hospitalizações e, logo depois, de internações em UTI. E, fatalmente, de mais mortes.
O número de pacientes em UTI, que vinha em queda constante, estacionou nas últimas semanas de abril. Mas já começa a apresentar ligeira alta nesta primeira semana de maio.
No domingo (2), 11.301 pessoas estavam internadas em tratamento intensivo no estado. Na segunda (3), o número subiu para 10.144. Na terça (4), para 10.235.
O número de mortes segue em queda em SP, mas ele reflete apenas a baixa de casos e internações de semanas anteriores (passou de 432 óbitos na semana passada para 360 agora, na média dos três primeiros dias de cada período).
O secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, é cauteloso sobre os números. O caso não seria de tensão, "mas de atenção", afirma ele.
"São sinais de que máximos cuidados ainda são necessários", diz o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. "Precisamos do apoio da população. Não aglomerar, higienizar as mãos, usar máscaras", afirma ele.
A ocupação de leitos é de 76,2% na Grande São Paulo e de 78,2% no estado.
Em 16 de abril, o governador de São Paulo, João Doria, começou a flexibilizar a quarentena no estado. O comércio foi reaberto, bem como os restaurantes, ainda que com algumas restrições.
Os técnicos agora observam o comportamento das diversas curvas epidemiológicas, para saber se a reabertura será sustentável -ou se voltará a ameaçar o sistema de saúde de entrar em colapso.
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