O Brasil chegou a triste marca de 400 mil mortes por covid-19 nesta quinta-feira (29/4). Estes últimos dois meses foram os piores da pandemia no Brasil. Foram 100 mil mortes em 36 dias. Ou seja, 1/4 das pessoas que morreram no Brasil pelo novo coronavírus foi entre março e abril. Para se ter uma ideia do ritmo, os primeiros 100 mil óbitos demoraram cinco meses para ocorrer. Este ano, o Brasil já registrou mais do que o total do ano passado inteiro.
Na tarde desta quinta, o consórcio de imprensa contabilizou 400.021 mortes pela covid-19 e 14.541.806 casos confirmados.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por mais que nos últimos dias tenha se registrado uma queda nas mortes diárias provocadas pelo vírus, os números mostram uma estagnação em um patamar alto de mais de 2 mil óbitos diários.
São mais de 40 dias em que o Brasil está com a média de óbitos acima dos 2 mil. Enquanto isso, a taxa de vacinação continua em ritmo lento. Até o momento, o país só vacinou pouco mais de 14% da população com a primeira dose e 7% com a segunda.
Para o virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Coronaômica, força-tarefa de laboratórios faz o monitoramento genético de novas cepas, a reabertura precipitada das atividades econômicas pode favorecer o surgimento de novas variantes e aumentar o risco de uma terceira onda da doença. "Nos níveis em que o vírus circula hoje, esse período entre picos pode ser abreviado, sim. Já vimos esse efeito em algumas localidades na virada do ano. A circulação em níveis altos favorece isso", afirmou ao Estadão.
Estadão
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