O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), informou à Folha de S.Paulo que vai marcar para a próxima quarta-feira (5) o depoimento do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde e um dos principais alvos da comissão de inquérito do Senado.
Segundo ele, no dia seguinte, quinta (6), será a vez do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. O presidente da CPI confirmou que os dois ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich serão ouvidos na terça-feira (4). O calendário foi definido na noite de quarta (28).
A CPI se reúne nesta quinta-feira (29), às 9h, para a votação dos primeiros requerimentos. Omar Aziz diz que essas convocações serão as primeiras a serem votadas. Ele acrescentou ainda que a previsão é ouvir o ex-chefe da Secom do Planalto Fabio Wajngarten no dia 11, juntamente com representantes da Pfizer.
Em entrevista à Veja, Wajngarten disse que a compra de vacinas oferecidas pela farmacêutica no ano passado não ocorreu por "incompetência e ineficiência" por parte do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que haverá sessão exclusiva para ouvir o ex-ministro Pazuello, porque muitos dos fatos mais importantes para a comissão aconteceram em sua gestão.
"Por óbvio é necessário dedicar um tempo maior ao ministro Pazuello, dos ex-ministros da saúde ele foi o que mais tempo ficou à frente da pasta. E os eventos que são objetos da CPI ocorreram sobre a gestão do ministro Pazuello. Eu me atrevo a dizer, não conversei isso com os colegas da direção da CPI, mas talvez o ministro Pazuello a gente tenha que ouvir mais de uma vez", afirmou.
Rodrigues afirmou que essas oitivas iniciais serão importantes para orientar o rumos dos trabalhos, direcionar futuros pedidos de documentos e mesmo novos depoimentos.
REQUERIMENTOS: Instalada na terça (27), a CPI já recebeu uma enxurrada de pedidos de senadores. Os requerimentos, que passam de 200, abrem caminho para uma devassa na condução do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia.
Além de convocações, os requerimentos também solicitam informações sobre o fornecimento de respiradores, EPIs (equipamentos de proteção individual), "kit intubação", abertura de leitos, fornecimento de oxigênio, aquisição de vacinas, seringas e distribuição de cloroquina para o chamado tratamento precoce.
O governo vai aproveitar a sessão desta quinta para pressionar pela votação de requerimentos que pedem compartilhamento de investigações da Polícia Federal nos estados.
Governistas estudam convocar o médico Davi Uip para falar sobre o tratamento contra a covid-19 e falar sobre a época em que ele teve a doença. O médico reconheceu que tomou cloroquina quando ficou doente, em abril do ano passado.
Jornal Estado de Minas/Folha S.Paulo
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