É fato. O confinamento domiciliar durante a pandemia de Covid-19 parece estar associado a uma mudança significativa dos graus de miopia, de acordo com estudos publicados em revistas especializadas.
Um estudo realizado pela JAMA Ophthalmology foi mais longe e apontou que o aumento de casos de miopia em crianças de seis a oito anos, neste período de pandemia, passou dos 400% em comparação ao período de 2015 a 2019.
A pesquisa apontou que a exposição das crianças frente às telas e uma menor exposição em atividades ao ar livre podem ser causas relacionadas com esse aumento.
A redeGN consultou a Oftalmologista Thaís Matos, da Oftalmed, que confirmou essa informação: “A exposição demasiada em frente a telas de TV, celular e similares é uma das causas de muitos problemas, não só em crianças, mas também em adultos e temos confirmado isso no dia a dia da clínica”.
Segundo a Dra. Thais Matos, essa exposição deve ser controlada, principalmente no caso das crianças, que são mais sensíveis e se encontram em um período mais suscetível para o desenvolvimento da miopia. “O confinamento, com aulas virtuais, dentre outras atividades, levam a um maior grau de exposição e os pais precisam acompanhar isso com cuidado, se possível procurando a orientação de um especialista”, declarou.
De acordo com a Dra. Thais “o que mais preocupa, é que além dos riscos de aumento da miopia, existem os riscos de distúrbios oculares mais graves, como lesões na retina, glaucoma e catarata”, disse.
O que recomendam os sites especializados consultados pela equipe da redeGN:
- Evitar o acesso de crianças com menos de dois anos às telas digitais.
- Limitar a uma hora por dia para crianças entre dois e cinco anos de idade.
- Levando em conta a necessidade de uso da mídia eletrônica nas atividades escolares é necessário pausas após cada 30 minutos de exposição.
- Pelo menos uma hora antes do sono a exposição aos dispositivos deve ser evitada.
- As crianças também devem ter um acesso mínimo a 45 minutos de luz do dia, diariamente.
- A busca por um oftalmologista, com realização de exames ópticos pode detectar anomalias e evitar danos irreversíveis.
Thaís Matos alertou que o problema, em que pese pesquisas apontarem para um aumento expressivo entre crianças, “é um fator de riscos oculares graves também entre adultos”, destacando que “É necessários ter muito cuidado, buscar informações e profissionais capacitados para proteger a visão em tempos de exposição demasiada aos meios eletrônicos”, finalizou.
Da redação redeGN
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