Ministro da Saúde solicitou antecipação de entrega das 50 milhões de doses da vacina contra Covid-19

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai estabelecer um protocolo para racionalizar o uso de oxigênio nos hospitais e que pediu à Pfizer que antecipe a entrega de 50 milhões de doses da vacina contra a Covid.

O ministro da Saúde passou a manhã desta segunda em reuniões no ministério. Marcelo Queiroga e a presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, discutiram o cronograma de entrega da vacina da farmacêutica. Segundo o ministério, a previsão é de que as primeiras doses cheguem ao Brasil entre abril e maio. Das 100 milhões de doses previstas, o ministro pediu que 50 milhões cheguem o quanto antes.

No início da tarde, o ministro se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda (29), a Frente Nacional de Prefeitos divulgou um vídeo com apelo de prefeituras brasileiras por ajuda internacional no combate à Covid - para comprar vacinas e insumos.

"Acreditamos que com ajuda de outras nações podemos disponibilizar leitos, ajuda, testes, vacina, oxigênio, auxílio às populações mais vulneráveis. Acreditamos na ciência", disseram os prefeitos.

Na tarde desta segunda (29), o ministro falou à comissão do Senado que acompanha as ações contra a Covid. Sobre a falta de insumos para tratar os pacientes, o ministro afirmou que a compra está sendo feita, mas não chega agora.

"Nós estamos em contato com a Organização Pan-Americana de Saúde para adquirir esses insumos. A dificuldade é que não tem para hoje. Isso é algo que nós conseguimos em aproximadamente 15 dias", disse Queiroga.

Diante do agravamento da pandemia, o ministro disse que vai mudar as orientações para o uso do oxigênio nos hospitais: “Todos sabemos que muitas pessoas chegam aos hospitais e aí, às vezes, a primeira providência é colocar o oxigênio nasal em quem não precisa de oxigênio. Então, vamos tentar economizar. Vamos fazer uma grande campanha junto aos profissionais de saúde para o uso racional do oxigênio”.

Queiroga disse que o desafio imediato é conseguir vacinas suficientes para os próximos três meses e comparou: "O uso da máscara, se todos brasileiros usassem máscaras, nós teríamos um efeito quase igual ao da vacinação. Então, usar máscara é uma obrigação de todos os brasileiros".

O ministro alertou sobre a proximidade do feriado de Páscoa: "Vamos intensificar essas medidas. Eu entendo que essa Semana Santa é um ponto de risco, é um ponto forte de risco".

Nesta terça (30), Queiroga tem videoconferência com o embaixador dos Estados Unidos, Todd Chapman, e disse que planeja fazer permutas. "Como nós já adquirimos da Pfizer e fiz uma reunião com a Pfizer e vamos adquirir mais, então, vamos fazer uma permuta para ver se conseguimos uns 20 milhões de doses para que fortaleça o nosso Programa de Imunizações".

A Pfizer divulgou uma nota em que manteve a previsão inicial de entrega de 13,5 milhões de doses no segundo trimestre e mais 86,5 milhões no terceiro trimestre.

JN