Um alerta preciso ser dado aos pais: Mesmo fora do grupo de risco, as crianças podem sim contrair a covid-19 e até vir a óbito. O número de casos de Covid-19 entre crianças cresceu na Bahia, se comparado com o pico da pandemia em 2020. Além disso, os sintomas também estão mais graves.
A reportagem da REDEGN apurou que até o mês de fevereiro deste ano, foram registrados 658 casos de crianças com Covid-19. Na Bahia, desde o início da pandemia, já foram 36 crianças de até 9 anos de idade que morreram do novo coronavírus, uma média de quatro mortes por mês - sendo 22 meninos e 14 meninas, de acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
Das 36 vítimas, somente 14 tinham comorbidades, as outras 22 não tinham histórico de doenças graves. Os meses que registraram mais mortes foram maio e junho de 2020, que deixaram 8 vítimas cada um. Além disso, 19 delas não chegaram a completar nem um ano de vida.
Os dados vêm à tona após o alerta do secretário municipal de saúde de Salvador, Léo Prates. Ele informou que o número de crianças com suspeitas de covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) tem aumentado, principalmente nos últimos dias.
A reportagem da REDEGN solicitou a Prefeitura de Juazeiro, Bahia, se existe casos que envolvem adolescentes e ou crianças no município mas até o momento ainda não obteve resposta.
A infectologista pediátrica Anne Galastri explica que as chances de a doença evoluir em uma criança são as mesmas de um adulto. “Qualquer infecção viral pode evoluir e causar óbito, infelizmente. É preciso ficar atento às crianças que têm aquelas doenças de base, como câncer em tratamento, transplantado, crianças que tem problema cardíaco, pulmonar. Essas crianças, por terem doenças crônicas, têm o risco aumentado, assim como adultos e idosos”, esclareceu ao Jornal Correio da Bahia.
Galastri ainda tranquiliza que a taxa de mortalidade entre as crianças é baixa e os sintomas, em geral, são mais leves.
“A infecção pela covid-19 na faixa etária pediátrica pode sim são quadros mais leves, como febre, coriza, algumas crianças vão para UTI, mas a imensa maioria ficam bem, a taxa de mortalidade é menor que 1%”, diz. Porém, ela alerta que não é momento de descuido. “Não quer dizer que devemos descuidar das crianças, é preciso fazer a higienização das mãos, usar a máscara para as crianças maiores de dois anos, fazer o distanciamento social e quem está doente não é para sair de casa”, orienta a especialista. Ela explica que as crianças menores de dois anos não devem usar máscara por risco de asfixia.
Redação redeGN Foto Ilustrativa
0 comentários