Muito se engana quem pensa que a maior luta de Edileuson Taumaturgo Azevedo foi contra bandidos atuando como Segundo Sargento da Polícia Militar de Pernambuco. A verdadeira batalha do militar foi pela vida, traçada em uma cama de hospital, mas precisamente em um leito de UTI da UPAE de Petrolina.
Toda essa história começa dia 08 de fevereiro de 2021, quando Edileuson sentiu os primeiros sintomas da Covid-19. A doença foi confirmada dia 12 em um teste rápido de farmácia. No dia 15 o PM teve um rebaixamento e foi para o hospital de campanha do município, de onde teve alta no dia 18. Dia seguinte sentiu-se mal e buscou a UPAE Petrolina, onde à noite já se encontrava na UTI.
Neste meio tempo, confessou ter visto o filme da sua vida passar. "A gente fica com medo sim. Sou hipertenso, diabético e há um ano atrás tive uma infecção hospitalar. Além disso, tenho um filho de 4 anos e pensei nunca mais vê-lo. Fiquei imaginando que as últimas pessoas que veria seriam aquelas do hospital e não a minha família. É um sentimento que não desejo para ninguém", garante.
Mas, para quem está acostumado a fazer da fraqueza força, essa foi só mais uma batalha vencida. Dia 26 o Sargento teve alta e, no momento, está no conforto do lar fazendo fisioterapia respiratória e se recuperando ao lado dos seus.
Na alta muita emoção. "Graças a Deus e ao bom atendimento de todos os profissionais da UPAE estou indo para casa realizar um sonho que é o de aproveitar a aposentadoria ao lado da minha família. Tive medo desse dia não chegar e hoje estou aqui comemorando", revelou na ocasião.
Danila Peixoto, esposa do Segundo Sargento reforça: "Foram dias de agonia, mas recebemos a chance de um novo começo. Fomos todo o tempo muito bem assistidos por toda a equipe da UPAE, e só temos a agradecer. Realmente recebemos uma lição de humanidade".
Edileuson voltou a trabalhar no dia seguinte da alta, mas irá gozar férias neste final de mês. Muito provavelmente na volta ele já se reforma. "Não vejo a hora desse momento chegar. Estou muito feliz", complementou.
Para a coordenadora geral da Unidade, Grazziela Franklin, histórias de superação como essa só inspiram. "Nestes momentos a gente percebe que tudo vale a pena. O SUS, sem dúvida, está à frente, batalhando nessa guerra e isso nos enche de orgulho. Fico feliz por cada profissional que aqui trabalha", finalizou.
Ascom UPAE
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