O Conselho Baiano de Turismo (CBTur), formado por entidades que representam o setor no estado, manifestou-se contra a decisão do governo baiano de estender a suspensão das atividades econômicas não essenciais até o dia 15 de março.
Em nota, o CBTur disse ser a favor de “medidas enérgicas para conter a disseminação do vírus Covid-19 e suas variantes”, mas pediu que o fechamento das atividades fosse substituído por outras medidas menos gravosas para a economia.
“Ao invés do fechamento das atividades empresariais, reivindicamos que seja intensificada a fiscalização dos locais em funcionamento irregular que geram aglomerações e potenciais riscos à toda a sociedade, disponibilidade de testes para pessoas com sintomas no início da doença, abertura de novos leitos de UTI e aceleração na vacinação”, afirma o conselho na nota.
“Não é justo punir os estabelecimentos que cumprem com os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde, seus colaboradores e prestadores de serviços que estão lutando diariamente pela sobrevivência das empresas e de suas famílias”, defende a entidade.
O governo da Bahia decidiu prorrogar por mais uma semana o decreto que restringe atividades não essenciais na Região Metropolitana de Salvador. A decisão foi tomada pelo prefeito Bruno Reis, pelo governador Rui Costa e demais gestores da RMS, em reunião virtual feita no último sábado (6), mesmo dia em que o estado bateu mais um recorde de internações por Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva públicas.
Os gestores chegaram à conclusão após avaliação dos números do novo coronavírus na cidade. Mesmo com a abertura de novos leitos no Hospital Salvador, na tenda da Arena Fonte Nova, do novo gripário em São Cristóvão e na segunda unidade de suporte ventilatório nos Barris, a taxa de ocupação de leitos em Salvador é de 85% e, na Bahia, é de 87%. Para evitar o colapso no sistema de saúde, a saída foi, mais uma vez, prorrogar a medida de restrição do comércio por mais uma semana e, assim, garantir o isolamento social e diminuir a taxa de transmissão.
Bahia Notícias
1 comentário
09 de Mar / 2021 às 15h18
Isso é reflexo da incompetência do Estado em todas as esferas. Uma saúde combalida há décadas. Chega um momento como este e aí não tem como socorrer a todos. E aí quem paga o pato é a iniciativa privada.