A crítica construtiva é altamente positiva, é uma oportunidade de reconhecer erros e, consequentemente, de poder consertar a tempo o que venha está errado. É um tipo de conselho gratuito, um aviso quanto ao que cabe fazer. A crítica construtiva serve para que se analise e modifique determinados comportamentos que inevitavelmente podem prejudicar o rumo de uma história.
"Quem avisa, amigo é", diz o dito popular para definir aquele que previne alguém sobre algo prejudicial a ser evitado. Quando se refere à administração pública, quem avisa pode ser amigo duas vezes; da própria entidade pública e da população. Quando o receptor do 'aviso' é provido de humildade e principalmente de boas intenções a chance de aceitar a intervenção é praticamente certa, mas se a birra sobrepor a racionalidade o prejuízo será coletivo.
Na administração pública o gestor deve estar atento ao quanto a sua equipe está atualizada e capacitada para prestar os serviços. Se estiver mal preparada, o serviço será provavelmente de baixa qualidade. Excesso de improvisações, desperdício de tempo e recursos geram resultados pouco significativos e consequentemente insatisfações. É importante sempre lembrar que a relação entre sociedade e serviços define a direção, o sentido e o papel de uma gestão.
Os feedbacks que se recebe, aquele famoso "toque" que alguém, geralmente próximo, dá, já são motivos para deixar a 'orelha em pé', ou seja, ficar atento e esperto.
São formas de ajudar a perceber qual a atividade que não está sendo realizada da melhor maneira e quais serão as consequências na opção escolhida. Considerar opiniões, conselhos e avisos como sinônimos destrutivos é do comportamento típico do déspota; dos que pregam o egoísmo, a arrogância e o orgulho como suas verdades absolutas, desprovidos da capacidade de conviver em sociedade, quiçá, de exercer funções deliberativas e executivas.
Finalizando, para lidar com a crítica de uma forma mais receptiva precisa apenas ser grato àquele que está tentando auxiliar, compreender e não se considerar ofendido; para que continue sendo ajudado.
**Por Gervásio Lima - Jornalista e historiador
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