A Associação Médica Brasileira (AMB) vem a público se posicionar oficialmente sobre recentes notícias veiculadas pela imprensa acerca da obediência à estratificação pré-estabelecida para a vacinação de grupos prioritários contra a Covid-19.
Conforme estas reportagens, entre os transgressores estariam pessoas fora da área de saúde e também profissionais de saúde, incluindo médicos, que não atuam diretamente na linha de frente do atendimento de pacientes suspeitos ou com COVID-19.
A situação é constrangedora e reprovável sob todos os aspectos.
O país atravessa crise sanitária sem precedentes, sendo que o número de vacinas disponíveis entre nós é, hoje, insuficiente para todos agentes de saúde e demais grupos prioritários.
Mais do que nunca, é imperioso o senso de cidadania. Em sua maioria, os profissionais de saúde têm plena consciência e compreensão solidária sobre a prioridade em se vacinar, indistintamente, apenas os trabalhadores que atuam na linha de frente.
Vacinar é um ato de cidadania. Interesses individuais e a busca por vantagens indevidas não podem se sobrepor, em instante algum, ao bem comum. Portanto, cabe às autoridades e aos órgãos responsáveis a fiscalização e a responsabilização destas irregularidades.
A AMB expressa a convicção de que os médicos do Brasil cultivam sólidos princípios éticos e compromisso com a saúde da população. Nos solidarizamos com a sociedade brasileira pelos enormes sofrimentos impostos pela pandemia e com os comprometidos médicos e demais profissionais de saúde que têm, mais do que nunca, nesse momento, demonstrado o quanto prezam pela saúde e a vida de seus pacientes.
Não podemos permitir que exceções empanem o nobre, exaustivo e incansável trabalho até agora realizado pela classe de profissionais de saúde. Nosso respeito e gratidão a cada um deles.
Reponsabilidade, cidadania e vacinação: pilares ao combate COVID-19.
Associação Médica Brasileira
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