Comerciantes e donos de academias protestaram, entre 10h e 12h30 desta segunda-feira (11), em frente à prefeitura de Belo Horizonte, contra a decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD) de fechar, a partir desta segunda os serviços considerados não essenciais.
De acordo com a BHTrans, às 10h20 os manifestantes fecharam a avenida Afonso Pena até a rua da Bahia, no centro da cidade, no sentido Mangabeiras. Quase uma hora depois, às 11h10, a avenida Afonso Pena foi fechada nos dois sentidos.
Às 12h25, a avenida foi liberada no sentido Rodoviária. Dez minutos depois, ela estava totalmente liberada. Manifestantes protestam em frente à prefeitura de BH contra fechamento de academias
A decisão de manter apenas serviços essenciais, segundo a prefeitura, leva em consideração os três índices monitorados pelo executivo municipal durante a pandemia: o número médio de transmissão por infectado (RT); a ocupação de leitos de UTI; e a ocupação de leitos de enfermaria.
Em Belo Horizonte, segundo o mais recente boletim epidemiológico, desta segunda (11), já houve 68.213 infectados desde o início da pandemia, sendo 1.957 mortos.
É a cidade mineira com mais pacientes infectados e mais óbitos.
A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid chegou a 83,3%, ainda em alerta vermelho, ou o mais preocupante. Os leitos de enfermaria estão em alerta amarelo, com taxa de ocupação de 65,3%.
Procurada, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que para garantir o cumprimento do decreto municipal, continuará com as ações planejadas em todas as nove regionais. Os estabelecimentos que não cumprirem com as medidas podem ser interditados e multados no valor de R$ 18.359,66.
Disse que"lamenta profundamente os impactos que vêm sendo causados pela pandemia nas diferentes atividades econômicas e destaca que sempre manteve diálogo com esses setores para construir conjuntamente alternativas e soluções para redução de danos".
De acordo com dados levantados pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, 156.958 empresas de serviços e de atividades essenciais (84% das empresas ativas instaladas na capital) continuam autorizadas a funcionar.
A resposta diz ainda o objetivo da medida:
"O Município seguirá monitorando os indicadores epidemiológicos e analisando os dados juntamente com a equipe de infectologistas que integram o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 para avaliar sobre a possibilidade de mudanças no processo de reabertura.
O fechamento das atividades não essenciais não tem qualquer caráter punitivo ao comércio. O objetivo é diminuir o volume de pessoas em circulação para conter a expansão do contágio. Tão logo os indicadores permitam, o processo de flexibilização será retomado".
G1 MG Foto Redes Sociais
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