A fim de avançar na discussão, na próxima semana, a Frente Nacional dos Governadores tem um encontro marcado com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do qual participarão também lideranças do Congresso, membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan.
O objetivo é formar um comitê nacional capaz de organizar o início da imunização. A ideia do encontro foi do governador Wellington Dias, diante da falta de um cronograma de vacinação. Ele discutiu o assunto ontem terça-feira com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O objetivo, segundo ele, é que no encontro possam, “juntos com a Anvisa, ter uma solução”. “O Brasil está muito, muito atrasado em relação ao processo de vacinação. A consequência disso é que nós temos um risco maior que outros países”, disse.
O petista afirmou que hoje já há no país 10,8 milhões de doses de vacinas da CoronaVac, em parceria com o Instituto Butantan, e até hoje não há um cronograma. O Comitê de Cientistas do Nordeste, coordenado pelo médico Miguel Nicolelis, alertou o Brasil para um grave risco, segundo o governador.
Pelo Twitter, o médico escreveu na última segunda-feira: “O Brasil precisa criar uma Comissão de Salvação Nacional p/ ontem. Passamos de todos limites aceitáveis de estupidez. Estamos correndo o risco de entrar em colapso sanitário, social e econômico em 2021. O Brasil está na UTI e o diagnóstico é falência terminal de múltiplos órgãos”, pontuou.
Ele também disse que o Brasil precisa promover um fechamento total de serviços não essenciais, com restrições de circulação, de forma urgente. “Acabou. A equação brasileira é a seguinte: Ou o pais entra num lockdown nacional imediatamente, ou não daremos conta de enterrar os nossos mortos em 2021”, ressaltou. O governador do Piauí disse não ser viável realizar o relaxamento das medidas de isolamento social no momento.
Ascom
0 comentários