A escritora cearense, Rachel de Queiroz, primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, ficou famosa ao escrever seu primeiro romance O Quinze, sobre a seca que assolou sua terra. Mesmo morando no Rio de Janeiro, ela voltava sempre à Quixadá, para sua fazenda (“Não me deixes”).
Sobre os profetas da chuva, dizia a autora: “Vá, por exemplo, ao sertão nordestino, nos meses de novembro e dezembro. O povo, lá não tira os olhos do céu, em procura dos prenúncios. Pequenas nuvens ao poente… pequenas, claro, ainda não é tempo das grandes, mas, se elas se juntam para o sul, quer dizer uma coisa; se aparecem ao poente, a coisa muda. Só o que elas não dizem é que a coisa será essa: como todos os adivinhos do mundo, gostam de se envolver em mistério…”
Alguns homens e mulheres, acostumados desde pequenos a fazerem previsões para quadra invernosa, valorização das tradições herdadas pelos seus antepassados, conhecidos como "Profetas da Chuva". Um desses profetas, Erasmo Barreira, o ano será um dos melhores dos últimos 20 anos.
Para eles, através de experiências, o inverno, isto é a quadra chuvosa, que se inicia em janeiro e segue até maio, promete ser uma das melhores em 2021. Perguntamos alguns deles como são feitas as famosas experiências e que métodos são usados para tal afirmação. Alguns responderam que observam a natureza a seu modo e daí tiram as suas conclusões. Outros acreditam em rituais religiosos, crenças transmitidas de geração a geração.
Os Meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam o fenômeno La Niña vai influenciar também as chuvas.
Redação redeGN
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