A Famivita, em seu mais recente estudo constatou que pelo menos metade da população brasileira deixou de comparecer a uma consulta ou exame desde que a pandemia começou.
Um dos principais motivos é o medo de se infectar, conforme apontam 52% dos participantes. Porém, essa falta de cuidado, têm gerado novas preocupações, principalmente no que diz respeito às doenças graves.
Estimativas das Sociedades Brasileiras de Patologia e de Cirurgia Oncológica, demonstram que desde o início da pandemia, pelo menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer. Outros milhares, já com o tumor detectado, tiveram os tratamentos suspensos. Em abril de 2020, cerca de 70% das cirurgias de câncer deixaram de ser feitas.
Até mesmo entre os que foram infectados, pelo menos 53% deixaram de fazer algum exame ou consulta médica. Já entre os estados, no Tocantins, pelo menos 58% da população não compareceu a alguma consulta ou exame desde que a pandemia começou. No Rio de Janeiro e em São Paulo, pelo menos 51%. O estado com o menor percentual de pessoas que deixaram de comparecer a uma consulta ou exame é o Acre com 40% dos entrevistados.
Todavia, a internet têm sido de grande ajuda, como solução ao confinamento social. Para as pessoas que possuem acesso, existe a possibilidade de realizar consultas médicas remotamente. Nosso estudo constatou que somente 38% dos participantes tiveram a oportunidade de fazer uma consulta de forma remota nos últimos meses. Já entre as pessoas que foram infectadas, 40% participaram de alguma consulta remotamente. O número de consultas remotas é maior entre as pessoas que têm plano de saúde, 46%, do que as que não têm, 34%.
O Tocantins é o estado em que mais pessoas fizeram alguma consulta remota, com 44% da população. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, pelo menos 40% dos participantes tiveram essa possibilidade. Já em São Paulo, estado com o maior número de casos, 37% dos participantes fizeram alguma consulta.
Ascom
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