Pesquisadores britânicos anunciaram que planejam infectar voluntários com o novo coronavírus para avançar na busca de uma vacina e de possíveis tratamentos contra a doença. Esse método, segundo eles, já é usado para outras doenças, ainda não foi empregado na resposta à pandemia de covid-19. A Europa, vale ressaltar, enfrenta uma segunda onda de contaminação.
O primeiro passo do projeto, liderado pelo Imperial College de Londres, é analisar a viabilidade de expor voluntários saudáveis de 18 a 30 anos e sem fatores de risco ao SARS-CoV2, o vírus da covid-19. Os pesquisadores dizem que essa fase inicial tem como objetivo determinar qual a quantidade de vírus provoca sintomas em uma pessoa. Depois, eles estudarão como funcionam as vacinas no corpo para deter ou prevenir a covid-19, farão uma observação dos tratamentos potenciais e estudarão a resposta do sistema imunológico.
Os voluntários serão infectados “pelo nariz”, o “caminho natural” do vírus e terão de permanecer por duas semanas e meia para que sejam realizadas as coletas de amostras e a monitoração dos voluntários. A grande vantagem desse método é a possibilidade de observar com muita atenção cada voluntário, não só durante a infecção mas também antes da infecção, controlando o que acontece em cada etapa, inclusive antes de os os sintomas se desenvolverem, dizem. Entretanto, esse tipo de teste, já utilizado no passado no combate a patologias como a febre tifoide e a cólera, levanta questões morais.
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