Estudos mostraram que as partículas da covid-19 podem permanecer no ar como aerossóis e se espalhar rapidamente. A transmissão ocorre quando várias gotículas respiratórias produzem aerossóis microscópicos por evaporação e quando uma pessoa respira, tosse, espirra ou fala. Ou seja, a principal fonte de disseminação do novo coronavírus é pelo ar. Entretanto, segundo Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SP), se o distanciamento de cerca de 2 metros foi cumprido, o risco de ser contaminado em um local ao ar livre, como um parque, é praticamente nulo.
A profissional, em entrevista ao Uol, explicou que se uma pessoa estiver em um ambiente aberto com poucas pessoas, o risco é praticamente zero. Porém, caso ela esteja em um ambiente aberto, mas com muita gente cruzando, e ainda se estiver sem máscara, o risco, apesar de ser muito menor do que em um ambiente fechado, já é considerável. O mesmo cenário, segundo ela, serve para uma praia com poucas pessoas, por exemplo.
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e do MIT, nos EUA, desenvolveram uma tabela para avaliar os riscos de contágio na circulação de ar, aglomeração, tempo de exposição ao vírus, uso ou não de máscara. O estudo aponta que, por um período rápido, em um ambiente ao ar livre ou mesmo fechado, mas bem ventilado, com poucas pessoas, em silêncio e usando máscara, o risco de contágio é baixo. Já se tiver muita gente no local, mesmo sendo ao ar livre, por um período prolongado, o risco de contágio é iminente, embora as pessoas estejam usando máscara.
Por fim, vale destacar, a pandemia não acabou, logo precauções como higienizar bem as mãos, usar máscara, ficar cerca de 2 metros distante de outras pessoas e respeitar as regras de flexibilização, devem ser mantidas.
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