A Política Nacional de Mobilidade Urbana junto ao Estatuto das Cidades estabelece que os municípios brasileiros devam dispor de um plano de mobilidade urbana, visando assim um crescimento sustentável.
Muito longe da prática o que se assiste são portas estreitas, banheiros não adaptados, calçadas esburacadas, ausência de elevadores, rampas fora do padrão ou inexistentes, e ausência de pista tátil nas áreas externas são algumas das dificuldades que pessoas com deficiência encontram cotidianamente, seja nos serviço da rede pública ou privada em Juazeiro e Petrolina.
A falta de acessibilidade está por todos os lados em Juazeiro e Petrolina, desde os transportes públicos, nos prédios e espaços públicos, prédios privados de uso coletivo, hotéis e restaurantes, até mesmo nas universidades.
Ouvidos pela reportagem da redeGn, as pessoas com deficiência dão o exemplo da exclusão solicitando que os políticos e sociedade olhem para as calçadas que são na verdade muros intransponíveis para aqueles que perderam a mobilidade das pernas.
Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), a maioria das prefeituras não promove políticas de acessibilidade, tais como lazer para pessoas com deficiência (78%), turismo acessível (96,4%) e geração de trabalho e renda ou inclusão no mercado de trabalho (72,6%).
Dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que mais de 50 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,91% da população brasileira, sendo 18,60% de deficientes visuais, 5,10% de deficientes auditivos, 7% de deficiência motora e 1,40% de deficiência intelectual.
Dados obtidos pela reportagem da redeGn, apontam que entre os principais problemas sérios estão: pavimentação das calçadas, o que dificulta a circulação de pessoas em cadeira de rodas, idosos, mulheres e é muito raro rampas de travessia de ruas bem executadas, sinalização tátil direcional e de alerta, sinais sonoros e informações em braile para as pessoas cegas. Placas ou painéis de informação sem avisos com letras grandes ou com contraste de cor para as pessoas com baixa visão. Sinalização visual em lugares importantes, com avisos para as pessoas surdas.
O primeiro passo para solução da acessibilidade nas cidades brasileiras é o planejamento interdisciplinar aliado com a vontade política, Todos os setores devem estar envolvidos. A acessibilidade não diz respeito apenas aos transportes e vias públicas. É necessária a participação de todas as instâncias decisórias no planejamento de uma cidade.
Muitas calçadas ainda não oferecem rampas de acesso nem a entrada de diversos locais públicos e privados, assim como ônibus adaptados para deficientes podem ser raridade. Também é necessário lidar com problemas que não afetam somente deficientes mas também o restante da população, como buracos nas ruas e calçadas irregulares e com tamanho inadequado.
"Ainda são muito grandes os desafios para que se possa ter cidades plenamente acessíveis'. É a avaliação do atual presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, em Juazeiro e membro do Conselho Nacional e Estadual, Josewilson Souza. "Houve avanços, por exemplo, foram garantidos o direito de acessibilidade a todos as pessoas com deficiência, em Juazeiro no Parque Fluvial". Segundo ele, antes era quase impossível o cadeirante ter acesso às barquinhas, hoje tem piso táctil, rampas sendo adequadas, e espaço para cadeirantes no percurso da ciclovia".
A reportagem da redeGN tentou obter contato com a Associação Juazeirense de Deficientes Físicos, Visuais, Auditivos e Outros (AJDF), mas foi informado que foi desativado e este fato preocupa.
Em Juazeiro são mais de duas mil pessoas com deficiência, segundo a lista de inclusão de pessoas com deficiência inscritas no Programa Benefício de Prestação Continuada (BPC). Em Petrolina as pessoas com deficiências físicas e motoras reclamam da falta de acessibilidade. Uma das situações mais dificeis para cadeirantes, por exemplo, é o tráfego em calçadas em péssimas situações e com obstáculos. A bancária, Ana Lúcia, questiona o direito tolhido de ir e vir, pois enfrenta o desafio de ir a Caixa Econômica Federal e ao Posto do INSS, no centro de Petrolina.
Apesar de uma legislação nacional sobre o tema, existem diversos empecilhos que dificultam o acesso dos deficientes a locais públicos. Promulgada em 2000, a Lei nº 10.098 estabelece critérios e normas básicas para que espaços sejam acessíveis para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. O texto estabelece, por exemplo, que os elementos do mobiliário urbano, iluminação, semáforo, sinais de tráfego, banheiro adaptado, entre outros devem ser instalados em lugares que não dificultem a passagem.
“Dar o acesso e facilitar os caminhos a serem percorridos por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida é fundamental. E o mais fundamental de tudo ainda é conscientizar as pessoas para que possamos criar um mundo para que todos consigam se deslocar, ir e vir livremente”, destaca Josewilson Souza.
Redação redeGN Fotos Ney Vital
6 comentários
02 de Oct / 2020 às 08h25
Este município não teve avanço nenhum com a mobilidade pública com as pessoas com deficiência, ao contrário o que dizem. Outro agravante é essas associações, o próprio órgão serem aparelhados com política, partido e puxadinho de bandeira pra candidato do PT. Qual é a moral de falar que teve avanço se todo dia a cidade, o próprio município derespeita os cadeirantes e pedestres nas calçadas e acessos? Calçada pintadinha, tudo bonitinho, mas tudo desorganizadinho podem até terem feito, mas a cidade continua uma bagunça!
02 de Oct / 2020 às 08h31
A reportagem já logo observa que aqui não tem nada vem o outro puxa saco defender o seu chefe já que tem cargo e toda eleição faz campanha pra essa gente sem compromisso! É onda
02 de Oct / 2020 às 12h27
piada,Pra quem mais fica pra cima e pra baixo viajando e curtindo como vai conhecer o problema de acesso aos pcds?? Hahahahaha fala é facil pra quem faz parte da panelinha dos comunistas.. é imaginando q o povo acredita!! O povo não é besta não Oxalá esse ano acontecer a mudança e os tire dessa mamada pq nenhuma pessoa com deficiência tolera mais esse caô desses apaziguados que só se dão bem pra cima e pra baixo nos carrinhos da prefeitura tirando onda em Salvador!
02 de Oct / 2020 às 20h07
Cidade é o pior lugar para se morar em especial os deficientes que na verdade nunca tiveram um avanço como dizem aí só ladainha e na verdade nada funciona governo grupos ou outra coisa parecida. Um monte de elefante branco pra dizer que tem na cidade. Vergonha. E depois não vai mudar nada pois são aa mesmas pessoas em tal banco e os outros de fora. Mas também cabe todos os deficientes se unirem e os próprios assim como eu e outros que não estamos mais aceitando essa situação. Aqui é um caso sério da Vergonha de uns que tão na boa nas custas dos outros e os que mais precisam aí, reprimidos
02 de Oct / 2020 às 20h18
AGORA EU NÃO ENTENDO UMA COISA??? PQ ESSA MESMA GENTE QUE FALA QUE JUAVANÇOU, MAS TODO OS PCDS DA CIDADEDIZ QUE NÃO? PQ ESSA MESMA GENTE FISCALIZA SÓ O GOVERNO FEDERAL, CRITICA ISSO OU AQUILO MAS ESQUECE A CIDADE? PRINCIPALMENTE QUANDO É A CIDADE QUE TA PASSANDO POR UM DESCASO PIOR AINDA? ISSO SE CHAMA HIPOCRISIA. O PRESIDENTE É OPOSIÇÃO,MASSAI NA DEFESA DE PREFEITO, EMPURRA CANDIDATA A VEREADORA COMO SE TODO MUNDO FOSSE OBRIGADO A VOTAR,SÓ PQ É DO MESMO PARTIDO POLÍTICO, PRA CONTINUAR A PICARETAGEM NÃO TEM PROBLEMAAH ABSURDO ISSO!
03 de Oct / 2020 às 11h21
Quem anda com corrupto se corrompe. Uns aí nem ligam pra cá quando se tem uma máquina nova que andasozinha pra fazer deboche com os da cidade por causa desse maldito governo que faz parte, e ela q dava coisa remendada mal feita pros q precisam... Eles que tão bem não tão nem aí pra cidade e seus problemas.