A região do Médio São Francisco baiano pode vir a ser uma nova fronteira agrícola do estado com a implantação do Polo Agroindustrial e Bioenergético, aponta a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE).
O projeto tem previsão de gerar 21,5 mil empregos diretos, com um aporte de investimentos privados na ordem de R$ 2,3 bilhões nos sete empreendimentos em implantação e nos cinco em análise, nos municípios de Barra e Muquém de São Francisco. Para atrair novos investidores, a SDE lançou um documentário nesta segunda-feira (21) que mostra a expertise de alguns produtores e as potencialidades da região.
"A Bahia precisa dar uma renovada na área de irrigação, precisamos realmente elevar o número de projetos para melhorar a qualidade de vida das pessoas no Médio São Francisco, gerando emprego e renda. A região possui disponibilidade de terras férteis e disponibilidade hídrica, com o Rio Grande e o Rio São Francisco. Este é um projeto diferente, um mundo novo. Queremos, com a agricultura industrializada, com altíssima tecnologia, transformar a região do São Francisco no celeiro do Brasil", destaca o vice-governador João Leão, titular da SDE.
Um dos empreendimentos em implantação é a Fazenda Serpasa, projeto sucroalcooleiro que possui área de 8.115 hectares, com 12 pivôs centrais em atividade e previsão de colher 400 mil toneladas de cana-de-açúcar na primeira safra de etanol, projetada para meados de 2021. O grupo já emprega 500 funcionários em Muquém de São Francisco, as obras da usina estão avançadas e a previsão é de gerar cerca de 3,9 mil empregos diretos e indiretos na operação integral do projeto.
"Estamos obtendo índices de produtividade superiores a 300 toneladas por hectares. Em relação às qualidades edafoclimáticas, são perfeitas. A cana, enquanto gramininha, ela é uma C4 com potencial de fotossíntese gigantesca. Ela consegue capturar a insolação, água e fertilidade, transformando em açúcar, nos dando uma condição diferenciada de produção", explica o empresário Sérgio Paranhos, CEO do empreendimento.
ASSISTA AO DOCUMENTÁRIO: https://www.youtube.com/watch?v=g7z74A1do-k
Para o investidor português José Coimeiro, sócio-gerente da Euroeste - projeto agropecuário com 4,8 mil hectares no município de Barra -, a região tem potencial extraordinário, dado o dinamismo que o Governo do Estado tem criado em volta dos municípios. "O exemplo que temos a dar também serve para que quem deseja vir investir entenda o potencial da região. Além disso, trouxemos para trabalhar no projeto um conjunto de pessoas que tem nos ajudado tanto no planejamento, quanto na operação", afirma.
Fazenda Escola Modelo
O município de Barra abrigará também uma Fazenda Escola Modelo, que está sendo implantada dentro do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Águas. O projeto vai desenvolver técnicas agropecuárias irrigadas, de sequeiro e agroindustriais e servirá como suporte de formação e capacitação profissional e de experiência para o Polo Agroindustrial e Bioenergético.
Ascom SDE
2 comentários
23 de Sep / 2020 às 03h40
Não adiantará nada se não democratizar o acesso de pequenos agricultores. Principalmente na fruticultura. Combater a monocultura. Os investidores querem ganhar dinheiro, eles não criam projetos de irrigação para dar empregos. Nenhum empresário investe para empregar, eles investe para ganhar dinheiro no menor custo e se possível com dinheiro governamental. Se puderem escravizar funcionários, para ele está bom. Podem acreditar. Quem se preocupa com o emprego e renda é o governo. Empresário se preocupa é com o lucro, apenas. Então, democratiza acesso às terras, ao crédito para pessoas.
23 de Sep / 2020 às 07h07
POIS É,SE NÃO FOSSE O LUCRO,QUEM CRIARIA EMPREGOS ? SEM EMPREGOS MAIS GENTE NO BOLSA FAMILIA VIVENDO ÀS CUSTAS DE QUEM TRABALHA.SE É RUIM ASSIM,MUITO PIOR SERIA SE DEIXASSE COMO ESTA.ANTES UM EMPREGO RUIM DO QUE NENHUM EMPREGO.