Cena de poluição mais uma vez flagrada pela reportagem da redeGN, nas margens do Rio São Francisco, no bairro Angari, local que deveria ser um dos pontos de visitação e exemplo de educação ambiental. O que se assiste nas proximidades da estátua do Nego D'agua é poluição que agride e mata. São garrafas plásticas, embalagens plásticas, vidros, metais, tecidos, materiais de pesca, madeira manufaturada, borrachas, isopor, espumas e papel, entre outras formas de poluição.
Dezenas de pesquisadores alertam que grandiosidade do rio São Francisco sempre despertou no ribeirinho a errônea ideia de que suas águas seriam capazes de absorver tudo o que é descartado em suas águas. Atualmente, o despejo inadequado do resíduo sólido é um dos grandes problemas e mata o Velho Chico.
Falta educação, solidariedade, respeito para os frequentadores do local: o lixo deve ser recolhido.
Ano passado Técnicos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) estiveram em Petrolina e em Juazeiro, para medir a quantidade de água do rio São Francisco, neste trecho. O trabalho foi feito a serviço da Agência Nacional de Águas (ANA). Os resultados mostram que o Velho Chico perdeu muita água ao longo dos últimos 30 anos. Situação que preocupa quem depende do rio.
“O rio está mais seco, né? Poluição também, bastante aí… sem chuva, está fraco aí a pescaria. Está difícil, a vida de pescaria está muito difícil”, lamenta o pescador Aluísio Rodrigues da Silva.
O Rio São Francisco é um dos maiores da América do Sul. É um manancial que passa por cinco estados e 521 municípios brasileiros, com nascente no centro-oeste de Minas Gerais. O percurso segue pelos estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, onde desagua no Oceano Atlântico.
O Velho Chico possui área de aproximadamente mais de 2,8 mil quilômetros de extensão. Ao longo dos anos, o rio tem sido vítima da degradação ambiental do homem como desmatamento, assoreamento, poluição e construção de usinas hidrelétricas.
Redação redeGN Fotos Ney Vital
2 comentários
16 de Sep / 2020 às 11h21
Queremos nossa visitas todos lugares já voltarão e juazeiro nada libera o presídio de juazeiro
16 de Sep / 2020 às 16h01
Como professor de Gestão Ambiental do CEEP-Norte Baiano e Engenheiro Agrônomo preocupado com as ações antrópicas negativas do homem sobre o meio ambiente quero parabenizar ao nobre colega jornalista Ney Vidal e ao RedeGN por importante matéria denunciativa sobre as agressões por que passa o nosso Rio São Francisco e que as autoridades constituídas possam sair dos discursos vazios para as ações práticas de proteção ao nosso ecossistema.