Todos os anos, em média, morrem 800 mil pessoas no mundo por suicídio, dado preocupante e que faz a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecê-lo como questão prioritária de saúde pública. A coordenadora do curso de Psicologia, de uma Universidade Particular de Petrolina, Samara Oliveira frisa que falar sobre suicídio é promover psicoeducação e o Setembro Amarelo fortalece as ações preventivas e educativas.
Durante o mês de setembro as ações de prevenção são intensificadas com o objetivo de sensibilizar, alertar e promover saúde, porém falar de suicídio ainda é um tabu na sociedade.
"Ao contrário do que muitos acreditam, falar sobre suicídio não aumenta ou potencializa a chance de alguém cometê-lo, mas ajuda a promover psicoeducação, possibilitando que as pessoas estejam mais aptas a lidar de forma adequada em situações que envolvem a ideação suicida", explica Samara. A psicoeducação busca promover ao paciente, familiares e cuidadores, uma ampliação do conhecimento sobre a sua doença e o processo de tratamento.
A ideação suicida, por vezes, não é clara e direta, podendo se tornar um processo silencioso. Samara destaca a importância de ficar atento ao comportamento do indivíduo. "Às vezes a ideação suicida não é direta, não vem com relato tão claro, então, por exemplo, relatos como: "Eu queria dormir e nunca mais acordar", ''Sumir poderia resolver meus problemas" podem fazer parte da ideação suicida".
Hoje, segundo a OMS, as principais formas de suicídio no mundo são enforcamento, uso de armas de fogo e uso de pesticidas. No Brasil, o uso de agrotóxicos se torna um alerta, pois de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), entre os anos de 2007 e 2017, mais de 12 mil pessoas tentaram suicídio com agrotóxicos no país.
Na rede de prevenção ao suicídio é preciso que profissionais, órgãos, instituições, famílias, cada um no papel que o cabe, promovam ações de saúde mental. No Brasil, existe o Centro de Valorização da Vida (CVV) que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, de forma voluntária e gratuita. Todas as pessoas que querem e precisam conversar podem manter contato, sob total sigilo, por telefone (188), e-mail e chat 24h todos os dias.
Ascom Marcia Gabriela Foto: Ilustrativa
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