Carlos Augusto Cruz - Médico /Advogado
Dia 17 de agosto, desde que eu conheci a Fazenda Barão, que se comemorava o aniversário de César Augusto em grande estilo.
Naquele dia o forró virava a noite, a cervejada era de três dias, o churrasco de bode, de boi, era tudo com fartura. Inclusive ia me esquecendo, e é bom que isso não aconteça, ia me esquecendo da buchada, do sarapatel e do papo à beira churrasqueira lá no alpendre.
Quando o homem fez 40 anos, foram quarenta caixas de cerveja, nos sessenta, foram uma caixa para cada ano de vida.
Disso tudo não podemos deixar de ressaltar apenas um detalhe: o homem não convidava a ninguém, deixava que os amigos se lembrassem e fosse procurá-lo no seu refúgio: fazenda Barão. Mesmo assim não faltava gente.
Se naquela aglomeração de pessoas houvesse dez sanfoneiros, todos dez queriam tocar sanfona em homenagem a César. Meia noite, Flávio Baião, seu cunhado, sanfoneiro e controlador do som, anunciava os parabéns. Aí então era um discurso atrás do outro.
Nesta segunda, dia 17, nosso amigo e Irmão estaria completando idade nova. O Barão estaria em festa mais uma vez, pelos seus sessenta e seis anos.
Porém, a morte o tragou de repente, num final de tarde de uma terça feira, há cerca de um ano e meio, no dia 29 de janeiro de 2019.
Sua morte foi algo difícil de compreender!
No domingo à tarde, ele passou lá em minha residência, sem apresentar qualquer sinal de doença. À noite, ao chegar em casa ele começou a sentir- se mal, foi levado ao Pronto Socorro, foi atendido e mandado para casa. Continuou a passar mal, desta feita foi levado a Hospital em Petrolina que, automaticamente, o deixou internado, após entubá-lo, e colocado na UTI, onde ele permaneceu inconsciente, até na terça-feira por volta das 18:00 horas quando o seu Espírito foi entregue nas mãos do Pai.
Com isso findava-se uma vida onde ele colecionou apenas amigos, só semeou a paz, foi um ótimo amigo e um excelente Irmão.
Descanse em paz meu amigo/Irmão.
5 comentários
18 de Aug / 2020 às 23h28
MUITA TRISTEZA. HOJE TÁ ASSIM NO BRASIL. MUITA MORTE. MUITA DOENÇAS. MUITA MISÉRIA. TUDO CULPA DE LARANJA BOLSONARO
18 de Aug / 2020 às 23h29
Não há notícias atualizadas, vindas de Brasília, sobre o destino dos tubarões Bolsonaros lá descobertos, mas é certo que, para intranquilidade dos ratos, cobras najas foram descartadas em matas e os escorpiões permanecem circulando, aos montes, na capital da República. Bichos de Brasília.
18 de Aug / 2020 às 23h30
BOLSONARO RACHADINHAS ENGANOU O BRASIL
19 de Aug / 2020 às 07h43
Dr.Carlos Augusto,excelente artigo,compartilho com você e agradeço, sempre tive grande admiração pelo ser humano impar e revivo fatos da nossa juventude, quando você vinha de Jequié e depois salvador,a rua onde morava sua avó paterna,D.Zefinha e a tia Evarista,,as cocadas, vizinhas da minha mãe,seus pais e irmãs,e primos,do bloco carnavalesco enxutos & encharcados,e dona Loló,grande figura,do apartamento em Nazaré e dos encontros, conversas e risadas gostosas.Meu irmão esteve na mesma época na UtI, César foi antes e hoje saudades.
19 de Aug / 2020 às 12h50
Testemunhei grande parte dessa história de um lugar onde sempre reinou a alegria, o companheirismo a confiança, não há como adentrar o mês de agosto sem perceber que ficou um grande vazio em nossas agendas, como eu sempre dizia a ele, o aniversário de Cesar de seu Berto é um grande acontecimento que faz parte dos festejos do Barão e comunidades vizinhas. Ao partir tão rápido, Cesar deixou em todos nós uma grande saudade, mas também uma grande certeza, ele está nos braços do pai eterno.