No último dia (22), o Palácio do Planalto informou que o presidente Jair Bolsonaro continua infectado pelo coronavírus, já que o resultado de um novo teste realizado nesta semana deu positivo. Foi o terceiro feito pelo presidente desde o dia 7, quando anunciou que estava com a doença, e que o disgnóstico deu positivo para a covid-19.
De acordo com a Presidência, foram analisados o sangue e material da boca de Bolsonaro. Em nota, o Planalto informou também que o estado de saúde do presidente segue “em boa evolução”.
Diante disso, o infectologista Washington Luís, que é membro do Comitê de Combate à Covid-19 de Juazeiro-BA, usou as redes sociais nesta quinta-feira (23), para esclarecer a razão pela qual o terceiro teste realizado pelo presidente deu positivo para a infecção.
“Existem alguns serviços, inclusive essa é uma orientação do CDC [Centers for Disease Control and Prevention], uma organização americana, que recomenda que para se dizer que o paciente realmente está curado, ele precisa, além de estar sem sintomas, ter pelo menos dois testes por PCR negativos, em um intervalo de 24 horas. O que deve ter acontecido com o presidente é que ele deve fazer parte daquele grupo seleto da população que positiva pelo PCR por mais tempo que o esperado. Tem pessoas que podem positivar até 60 dias após o início da doença, o que não significa que ele transmita a doença”, ressaltou.
O médico disse que é preciso levar em consideração as limitações do teste, já que ele só identifica o material genético do vírus. Nesse possível caso do presidente, Washington esclarece que isso não significa que o vírus tenha capacidade de se reproduzir e transmitir.
“A gente acredita que está havendo um cuidado excessivo, obviamente, já que se trata da autoridade mais importante do país, e para garantir que ele esteja realmente em uma consideração segura e que não ofereça risco algum para as demais autoridades que ele vai se relacionar, estão buscando esses dois exames negativos. Na prática, para nós [população em massa], o diagnóstico acontece de forma clínica. Para que eu seja considerado curado, terei que ter, minimamente, dez dias após o início dos sintomas, e mais três dias assintomático, conforme a Organização Mundial da Saúde. O Brasil pratica 14 dias, então estamos dentro da margem esperada”, disse o médico.
O infectologista reiterou ainda a importância do isolamento social neste grave momento de pandemia.
A recomendação continua sendo ficar em casa, o máximo que puder, e tomar todos os cuidados básicos de higiene, inclusive com a utilização dos equipamentos de proteção individual.
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