O Brasil registra mais de 1,6 milhão de casos e mais de 65 mil mortes pela pandemia do novo coronavírus. Mesmo diante de números alarmantes, casos de desrespeito às medidas de isolamento social preconizadas pelos órgãos de saúde têm sido frequentes, como ocorreu no último fim de semana.
Pessoas lotaram a Ilha do Maroto, uma área ribeirinha de Petrolina. De lanchas e jet skis, muitos banhistas deram exemplo de desrespeito às medidas decretadas em Juazeiro e Petrolina. O clima foi festivo na ilha, em meio à pandemia.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação declarou que a competência para fiscalizar atividades no Rio São Francisco é da União, através da Capitania Fluvial de Juazeiro e que a Secretaria não dispõe de embarcações para este tipo de fiscalização.
Em vários estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Mato Grosso, houve flagrantes de pessoas aglomeradas e sem máscaras, “quebrando” a quarentena e, em alguns casos, exigindo a intervenção de agentes públicos. As atitudes de “desobediência” também representam desrespeito às vítimas, suas famílias e aos profissionais da saúde que atuam diariamente no combate ao coronavírus.
A redação da redeGN recebeu email de um leitor denunciando que vários pontos comerciais "abrem e não tem fiscalização". "Gostaria de mostrar minha indignação através desse e-mail a respeito de Juazeiro. Em uma época de pandemia, onde os casos crescem a todo instante, vejo a má gestão apresentada pelo prefeito dessa cidade. O mesmo decretou o fechamento do comércio e lojas essenciais como Materiais de Construção devem abrir apenas nos dias de segunda, quarta e sexta-feira, porém isso não está acontecendo. Uma das maiores lojas do ramo em Juazeiro, está funcionando normalmente todos os dias e nenhuma providência é tomada. Se existe uma lei ela deve servir para todos e não apenas para os pequenos comerciantes que são os que mais sofrem com tudo isso. Onde está a fiscalização? Onde está o prefeito dessa cidade"?
O último caso gritante de desrespeito aconteceu no sábado, durante ronda da Vigilância Sanitária na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Um casal tentou intimidar Flávio Graça, servidor da prefeitura. “A gente paga você, filho. O seu salário sai do meu bolso”, afirmou a mulher enquanto o marido filmava. “Cadê sua trena? Quero saber como você mediu sem trena”, debochou o homem. O fiscal então respondeu: “Tá, cidadão”, e foi surpreendido pela fala da mulher: “Cidadão, não. Engenheiro civil, formado. Melhor do que você”. Flávio atua como superintendente de inovação, pesquisa e educação em vigilância sanitária, da Fiscalização e Controle de Zoonoses da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A cena também viralizou nas redes sociais e causou indignação. No Instagram do Estado de Minas, onde a notícia teve mais de 16 mil visualizações em duas horas, internautas comentaram a atitude do casal. “Desacato, mas antes disso, desrespeito. Um absurdo a atitude dessas pessoas. Sentem-se melhores que os outros. Deveriam ser punidos!, comentou a leitora Lylian Salomé. Com a repercussão negativa do caso, a Taesa, empresa privada do setor de energia onde a mulher trabalhava, anunciou a demissão da funcionária alegando que ela “desrespeitou a política vigente na empresa”.
Redação Blog Foto Redes Sociais
3 comentários
08 de Jul / 2020 às 08h56
Que resultado teremos adiante com o total desrespeito da população a si próprio e aos outros? Será que essas pessoas e todas que descumprem determinações legais nessa pandemia ainda exigirão do Estado sua plena recuperação? Se fiscaliza e pune acham ruim e se acham com direito de buscar amparo legal, enfim... Consciência é o limite individual e se exercido trás benefícios diversos.
08 de Jul / 2020 às 09h12
Amigo passei ontem na orla de Petrolina no Final da Tarde e digo com certeza, tinha muito mais gente aglomerada do que nessa ilha. A secretaria da Cidade de Petrolina disse que não tem como fiscalizar a ilha pois não tem embarcação e a fiscalização da orla depende de que??
08 de Jul / 2020 às 13h12
Concordo plenamente com vc Carlão. o prefeito impõe fechamento do comercio e outras atividades mas a fiscalização é ridícula, precisei sair ontem de casa por urgência e vi quanto absurdo no centro não existe fiscalização a vista e consciência muito menos