Há aproximadamente 450 km de Recife, sertão de Pernambuco, está a cidade de Itacuruba, com uma população de 4.754 pessoas. Nesse município existe um projeto do Governo Federal, para construção de um complexo com seis reatores nucleares e uma emenda à Constituição de Pernambuco pretende liberar a construção desta usina nuclear no Estado. Além da pandemia o município convive, ainda, com a possibilidade de se ver materializar em seu território a construção de um complexo nuclear.
Em 2028 com exclusividade esta redeGN alertou para os objetivos do Governo Federal. Estudos realizados por órgãos federais em anos anteriores consideraram o município de Itacuruba, localizado no sertão de Pernambuco, às margens do Rio São Francisco, o local apropriado para instalação de uma futura usina nuclear no Nordeste.
Após alguns anos em que hora avançava o projeto, hora paralisava, a pauta da geração de energia nuclear no Brasil parece ter entrado em cena novamente.
Recentemente, o Ministério de Minas e Energia do governo de Bolsonaro declarou ser a energia nuclear estratégica para a matriz energética brasileira e voltou a falar dos estudos que tratam Itacuruba como a principal candidata para receber uma usina nuclear.
Caso seja instalada, diversas comunidades quilombolas e povos indígenas serão expulsos de seus territórios tradicionais. Além disso, inúmeros outros impactos catastróficos poderiam colocar em risco toda a área do Rio São Francisco e a Região Nordeste.
Para denunciar esses e outros males, será realizada uma live no domingo (05). O espaço Reflexão e Canção dá espaço a uma pauta muito importante e urgente: os impactos sócio-ambientais da construção de usinas nucleares à margem do Rio São Francisco. A live acontece às 16h30.
Integrantes da Articulação Sertão Antinuclear, coletivo que promove ações contra a instalação de usinas nucleares nas regiões do nordeste, também estavam na reunião. Para os integrantes, é preciso dar uma atenção maior ao impacto ambiental e social que a instalação da usina pode ter.
“O problema de uma usina nuclear é que ela vai causar uma contaminação atmosférica, no solo, na água, que pode durar séculos, mesmo não causando uma morte imediata, mas o rastro de radiação é muito grande. O rio São Francisco é a vida daquela população e a instalação vai interferir diretamente na fauna e na flora do local”, afirmou José da Cunha Júnior.
Redação redeGN
2 comentários
05 de Jul / 2020 às 13h19
Deixem o nordeste se desemvolver .vcs querem ver o povo na misèria o tempo todo, larguem osso !
05 de Jul / 2020 às 16h38
O Brasil não e o mundo não estão preparados para mexer com esta energia.... Não há consciência suficientemente responsável para tamanho projeto ,com uma energia tao perigosa e fascinamte...