Com o intuito de atender mulheres vítimas de violência durante o período de pandemia, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (SEDES) da Prefeitura de Juazeiro, através do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM), manteve desde maio os atendimentos psicológicos adaptados ao ambiente virtual a esse público.
O serviço é disponibilizado a pessoas já acompanhadas pelo CIAM, mas pode ser solicitado através de contato com a instituição. As consultas acontecem por meio de vídeo-chamada ou ligações telefônicas e funcionam como uma adaptação ao acompanhamento psicológico presencial que já era realizado no CIAM.
As mulheres que necessitam desse serviço passam por avaliação dos profissionais da instituição, como psicólogas e assistentes sociais. Em seguida, a partir da disponibilidade da mulher vítima de violência, as consultas são iniciadas e realizadas semanalmente.
“É feito um acordo verbal de disponibilidade e assiduidade, onde nós seguimos um protocolo de buscar ambiente tranquilo, onde a mesma não seja interrompida e onde possa falar sem ser ouvida por outras pessoas. Esse atendimento é realizado em total sigilo”, explica a psicóloga Thais Santana. A opção de plataforma de encontro virtual também é feita pela mulher atendida.
A diretora de mulheres de Juazeiro, Maria Quitéria, explica que a assistência psicológica a esse público tem sido uma ferramenta essencial diante dos efeitos sociais causadas pela pandemia do novo coronavírus. “Sabemos que o número de violência aumentou pelo fato de muitas estarem em casa com seus prováveis agressores. Portanto, a permanência desse serviço é importante e ajuda a amenizar o sofrimento que elas estão vivenciando”, explica Quitéria.
Neste período de pandemia, embora com atividades presenciais suspensas, o CIAM continua funcionando em regime de plantão. Mulheres em situação de violência, que necessitem de assistência psicológica ou jurídica, podem entrar em contato através do telefone (74) 3614-2028. “Sabemos que muitas mulheres têm medo de denunciar seus agressores. Portanto, para receber o atendimento do Ciam, não é necessário prestar queixa”, ressalta Maria Quitéria.
Mayane Santos - Ascom PMJ
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