Após a notícia divulgada hoje (11), que o Ministério Público de Pernambuco pediu à Justiça para que a abertura do comércio em Petrolina seja revogada, o prefeito Miguel Coelho, em entrevista ao jornalista Edmar Lyra, de Recife, disse que a flexibilização das atividades econômicas no município foi feita depois conversar com o Governador Paulo Câmara, explicar a situação e os números da cidade diante da pandemia, além de escutar o Ministério Público e as instituições de saúde.
Segundo Miguel, houve um acordo entre Petrolina e Governo do Estado em abrir uma excepcionalidade, de forma oficial, para que, num futuro próximo, outras regiões do estado pudessem fazer da mesma forma, porém, o combinado não foi cumprido:
“Conversei por telefone com o governador, procuramos a Univasf, a UPAE, que é do governo do Estado, comunicamos e conversamos com MPPE e por unanimidade, todos concordaram que Petrolina poderia flexibilizar. Não houve nenhuma discordância e nenhuma vontade de ir de encontro com o decreto estadual. Eu confiei num acordo e até hoje, essa “excepcionalização” não saiu, e com isso o MPPE, como fiscal da lei, cumpre seu papel. Respeito, compreendo, mas já que virou um caso judicial, espero que possamos ter a oportunidade de manifestar o nosso contraditório, os nossos argumentos para que a Justiça se manifeste” disse o gestor que preocupado, fez um alerta:
“Essas são decisões e competências exclusivamente de poder executivo. Nos preocupamos em ligar para o governador para que fizéssemos essa flexibilização de forma combinada, harmônica e agora por falha de uma das partes, termina virando um caso judicial. O que é muito ruim, por que enfraquece as instituições, enfraque as relações e quem fica no meio disso tudo é a sociedade. Imagina a confusão e a interrogação que não está pairando sobre a cabeça de todo setor produtivo em Petrolina. Lamento que tenha chegado a esse ponto, mas estou com minha consciência muito tranquila que tomei todas as decisões com base na saúde, mas também baseado num acordo que não foi honrado” finalizou.
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Bruno Lopes / Redação redeGN
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