O Brasil segue, dia após dia, quebrando recordes. Para nossa tristeza, todos eles negativos. No dia 04 de junho chegamos à marca de 1.473 mortes registradas em um espaço de 24 horas. No total, já são mais de 30 mil mortes por Covid-19 por aqui. Com este número, o país superou a Itália e ocupamos agora o posto de 3º país do mundo em mortes por Covid. Porém, diferente destes países, no Brasil estamos diante de um crescimento descontrolado e não temos a menor perspectiva de quando esta escalada da morte irá terminar.
À medida que a curva de casos e mortes cresce, esperava-se que os governos instituídos, em todos os níveis, adotassem posturas mais rígidas e condizentes com a realidade. Mas, de forma muito preocupante, o que temos assistido é a reabertura de muitos setores antes fechados, como lojas e locais públicos. Inclusive, postura que tem sido adotada por alguns prefeitos e governadores que vinham agindo de forma muito correta na condução desta crise.
Sei que há muitos interesses em jogo e não é fácil para qualquer governante conduzir uma situação grave como esta. Mas é preciso ter muito determinação na perspectiva de se salvar vidas. Nunca é demais relembrar que cada morte representa mais do que um número. Representa uma família despedaçada e outras tantas pessoas que sofrem, sem sequer conseguir se despedir dos que se foram. Esta postura de reabrir as atividades em um momento como este é uma ação que não encontra respaldo em nenhum outro lugar do mundo. E isso precisa ficar muito evidente.
Tudo isso que estamos assistindo é a consequência concreta de um discurso de que buscava menosprezar os impactos da pandemia desde o início. Chamando de gripezinha ou, como agora, vendendo a ilusão de uma droga que não tem diminuído adoecimento e mortes por Covid-19 em lugar algum do planeta. No fundo, a extrema-direita criou uma falsa polêmica ao contrapor a economia e a vida das pessoas. Não temos que escolher entre um ou outro, pois, simplesmente, não há esta dicotomia. A crise econômica já existia e ela se agravou não por conta das medidas de isolamento e distanciamento social, mas, sim, por conta da própria pandemia. E ninguém escolheu viver sob um pandemia. E, neste contexto, o governo é que precisar apresentar saídas para a população, pequenos empresários e sociedade em geral.
Aristóteles Cardona Júnior, médico de família e comunidade em Petrolina e professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco
5 comentários
09 de Jun / 2020 às 03h53
....BOLSONARO PIOR QUE COLLOR..Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em termos de óbitos, atrás de EUA e Reino Unido.
09 de Jun / 2020 às 03h57
........TA AFUNDANDO O BRASIL. HOJE TUDO AFUNDANDO.....BOLSONARO PIOR QUE CORONAVIRUS
09 de Jun / 2020 às 04h00
MUITA MORTES E DOENÇAS QUEBRADEIRA E BOLSONARO RINDO PASSEANDO DE JET-SKY. COM NOSSO DINHEIRO. BOLSONARO ENGANOU O BRASIL.
09 de Jun / 2020 às 07h39
Infelizmente as pessoas não tem a consciência de que precisa ficar em casa, e se for necessário sair que se proteja e tome a devida proteção (uso de máscara, álcool em gel e distanciamento). Mas o que vemos nas filas da casa lóterica é totalmente diferente, as pessoas próximas umas das outras, espirram perto uma da outra, usa a máscara de forma indevida, se encostam em todo canto e se duvidar quando chega em casa não toma banho e troca de roupa. Depois a culpa é dos gorvenantes? me poupe
09 de Jun / 2020 às 09h41
Não defendo partido da direita e nem esquerda.Mas pergunto: Quem estava preparado para está pandemia? Agora esquecem que o Brasil é um país de grandes corrupções não é de hj! Quando o país teve uma saúde digna? Tudo no nosso país é motivo de corrupção. Infelizmente o Brasil é isso. Ou morremos de doença ou de fome, por não poder trabalhar! O que faremos?