Após o registro do pico de pacientes em maio, o mês de junho chegou trazendo uma redução significativa na procura por leitos, que ficou abaixo da oferta em todo o Estado.
Houve momentos, no mês passado, em que as filas de espera por leitos de UTI nos hospitais chegavam a contabilizar até 300 pessoas. Nesta primeira semana de junho, porém, Pernambuco respira um pouco mais aliviado. A Central de Regulação de Leitos – responsável pela distribuição das vagas nas unidades de saúde vinculadas ao SUS – informou que o Estado já conta com atendimento imediato às demandas de internações de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), com a oferta de leitos superando a procura.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, Pernambuco conta com uma rede de saúde fortalecida, que conseguiu atender às demandas de todos os pacientes, mesmo àqueles que, de forma temporária, aguardavam por uma vaga de UTI. "Todas as nossas salas vermelhas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e das emergências hospitalares contam com suporte de oxigênio e respiradores, quantidade que foi reforçada durante os preparativos da rede para enfrentar a pandemia", ressaltou Longo.
"Chegamos até aqui graças à maior operação sanitária e logística já registrada na historia da nossa saúde pública. Em 18 de março, ao lado do prefeito Geraldo Julio, anunciamos que iríamos abrir mil novos leitos para enfrentar a Covid-19. Hoje, somando Estado e Prefeitura da Capital, já colocamos à disposição dos pernambucanos 2.407 leitos, sendo 900 de UTI e 1.507 de enfermaria. Vamos continuar reforçando nossa capacidade de atendimento para dar uma assistência digna à população", afirmou o governador Paulo Câmara, em pronunciamento neste domingo.
O secretário André Longo, por sua vez, lembrou um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicou Pernambuco como o oitavo Estado mais bem equipado de respiradores pulmonares do País, ainda antes de ser declarada a condição de pandemia do novo coronavírus. A taxa de era 28,6 respiradores por 100 mil habitantes, melhor percentual do Norte e Nordeste.
De fato, a ampliação da oferta de leitos acima da demanda aconteceu graças a essa parceria entre Governo do Estado e Prefeitura do Recife, mencionada por Paulo Câmara, que nos últimos meses assegurou um número recorde de abertura de vagas na história da saúde pública de Pernambuco. Com o decreto estadual que estabeleceu a quarentena mais rígida na Região Metropolitana do Recife, entre os dias 16 e 31 de maio, o Estado e a capital atingiram os maiores níveis de isolamento social registrados no Brasil.
Analisando os números detalhadamente, o Governo de Pernambuco disponibilizou até o momento 1.543 leitos, em 20 municípios das quatro macrorregiões de saúde do Estado. Ao todos, são 688 vagas de UTI e 855 vagas de enfermaria. No Recife, a Prefeitura abriu, em tempo recorde, sete hospitais de campanha, disponibilizando nos últimos dias cerca de 100 leitos, que resultaram no total de 864 vagas na capital, sendo 212 de UTI e 652 de enfermaria.
"Além desse grande esforço de abertura de leitos, a marca que alcançamos hoje é fruto da decisiva colaboração dos pernambucanos, que entenderam a mensagem e adotaram um isolamento social mais rígido e medidas de proteção e de distanciamento que precisam continuar sendo seguidas com a reabertura gradual das atividades, a partir desta segunda-feira (08.06)", disse André Longo.
Ascom
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