A Rede UniFTC preparou uma edição especial do Programa Todo Dia é Dia de Live na última quinta-feira (21), em prol do mês de conscientização do lúpus.
Na oportunidade, a live contou com as presenças das psicólogas Laila Santana, também professora da UniFTC de Petrolina, e da presidente da Associação de Amigos e Pessoas com Lúpus do Vale do São Francisco, Fabiana Bezerra. Ambas, falaram sobre o tema "Lúpus e o Cuidado Humanizado" e movimentaram conhecimentos dos internautas, explicando sobre sintomas, diagnóstico e tratamento da doença.
"Muitas pessoas ainda desconhecem o lúpus. E por falta de informação acabam assumindo posturas de preconceitos frente à doença. É muito gratificante levar mensagens de esperança a comunidade, de forma que isso possa contribuir para elevação da autoestima e garantia de uma qualidade de vida. Esse é o papel da Rede UniFTC como grupo educacional", iniciou a professora Laila Santana, antes de convidar a palestrante Fabiana Bezerra.
Para explicar melhor sobre o tema, a psicóloga Fabiana Bezerra mencionou que convive com o diagnóstico há 20 anos. "Sofri muito por falta de informação e pela falta de um atendimento humanizado. Fico muito feliz em ver instituições sérias, que se preocupam em mobilizar os estudantes a serem comprometidos com este processo de cuidado. Realmente, esta mobilização da comunidade é necessária", afirmou.
No decorrer da live, a psicóloga convidada destacou a importância de uma educação humanizada. "Focar no outro, não só na patologia. Os alunos devem ter apreço pelas palavras. Não olhar apenas o processo, medicamentos, exames. Enxergar o cuidado à saúde, além da doença. Principalmente os alunos do curso de Psicologia", pontuou.
Mesmo sendo uma doença complexa, o bate-papo foi leve e bastante informativo. Durante a live, a psicóloga Fabiana Bezerra aproveitou para divulgar para a comunidade do Vale do São Francisco a existência da Associação de Amigos e Pessoas com Lúpus. A organização funciona há sete anos com atendimentos aos pacientes, familiares, profissionais de saúde e comunidade em geral.
O lúpus é uma doença crônica e autoimune. Lesiona o próprio corpo e outros órgãos. A pessoa com lúpus pode emagrecer ou engordar rapidamente. O tratamento é a base de medicamento. O paciente deve ter acompanhamento multidisciplinar. Segundo pesquisadores, afeta mais as mulheres em idade fértil. "A cada 9 mulheres com lúpus existe um homem com lúpus. A doença traz problemas físicos, queda de cabelo, lesões na pele; afeta a imagem. Com isso, o corpo e a mente acabam adoecendo", informou.
A mulher com a doença normalmente sai do mercado de trabalho e atravessa dificuldades na vida pessoal e profissional, ressaltou a especialista. "Infelizmente, muitas empresas driblam o sistema e muitas são demitidas. É necessário um suporte psicológico e emocional, como, por exemplo, capacitações para retorno a vida profissional. Isso que estamos vivendo com o isolamento, a pessoa com lúpus vive durante toda a vida. Viver com lúpus é um desafio. A doença não é considerada rara, mas grave, podendo levar a morte, se não identificar a tempo o diagnóstico ou não conseguir os cuidados devidos e especializados", mencionou.
Antes de finalizar, a psicóloga Fabiana Bezerra agradeceu o convite da Rede UniFTC e elogiou a iniciativa do grupo. "Temos que compreender melhor o tratamento da doença e garantir qualidade de vida aos pacientes. Os atendimentos humanizados à saúde são possíveis, principalmente quando movimentamos conhecimento das pessoas e dos estudantes da maneira correta. Parabéns a Rede UniFTC pela oportunidade de levar informação e qualidade de vida para as pessoas acometidas pela doença. É possível viver bem e ter mais autoestima quando nos deparamos com instituições preocupadas com o próximo. Empatia é tudo", encerrou.
Ascom Rede UniFTC
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